PJC desvenda nova frente em operação apito final: “testas de ferro” e lavagem de dinheiro em alto padrão

PJC desvenda nova frente em operação apito final: “testas de ferro” e lavagem de dinheiro em alto padrão

A Operação Apito Final é uma ação da Polícia Civil que visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Nessa nova frente da operação, foi descoberta a participação de um servidor público e sua companheira, que figuravam como proprietários de um apartamento de alto padrão em Cuiabá.

O líder da organização criminosa passou a residir nesse apartamento após sua progressão para o regime semiaberto. No entanto, a investigação revelou que o servidor público, que possuía um salário mensal de R$ 3.643,12, não teria condições financeiras para adquirir um imóvel estimado em milhões de reais. Isso levanta suspeitas de que o apartamento tenha sido adquirido como forma de ocultar o patrimônio proveniente das atividades criminosas.

Além disso, o servidor público, a pedido do líder da organização, retirou do apartamento objetos que poderiam comprometer o investigado antes da deflagração da Operação Apito Final. O comparsa também era responsável por movimentar a tornozeleira eletrônica do líder, simulando que ele estivesse em Cuiabá enquanto, na verdade, realizava viagens. O comparsa recebia quantias superiores a R$ 19 mil por esses serviços prestados.

A operação, que já dura quase dois anos, resultou na prisão de 20 pessoas, incluindo o líder da organização criminosa e tesoureiro da facção. O esquema de lavagem de dinheiro movimentou R$ 65 milhões, que foram utilizados na aquisição de imóveis, veículos, criação de times de futebol amador e construção de um espaço esportivo. Essas atividades eram utilizadas para dissimular o capital ilícito proveniente do tráfico de drogas.

CONSEGUÊNCIA:

As consequências para o servidor público após a descoberta de sua falta de condições financeiras para adquirir o apartamento podem incluir medidas legais e administrativas. Algumas possíveis consequências são:

  1. Investigação criminal: O servidor público pode ser alvo de uma investigação criminal por envolvimento em lavagem de dinheiro e participação em atividades ilícitas relacionadas ao tráfico de drogas. Se houver provas suficientes, ele pode ser indiciado e processado criminalmente.
  2. Processo administrativo: O servidor público pode enfrentar um processo administrativo disciplinar, conduzido pela instituição em que trabalha. Esse processo tem o objetivo de apurar se houve violação das normas éticas e legais que regem a conduta dos servidores públicos. Dependendo do resultado, ele pode sofrer sanções disciplinares, como advertências, suspensões ou até mesmo a demissão do cargo público.
  3. Confisco de bens: Se comprovado que o apartamento foi adquirido com recursos provenientes de atividades criminosas, pode haver o confisco do imóvel pelas autoridades competentes. Isso significa que o apartamento seria apreendido e passaria a ser propriedade do Estado.
  4. Ação judicial: Além das medidas criminais e administrativas, é possível que terceiros prejudicados pelo esquema de lavagem de dinheiro, como vítimas do tráfico de drogas ou instituições financeiras envolvidas nas transações, possam mover ações judiciais contra o servidor público para reaver danos ou buscar compensações financeiras.

É importante ressaltar que as consequências específicas para o servidor público dependem das provas coletadas, das leis aplicáveis e do desdobramento do processo judicial e administrativo.

 

Redação JA/ Foto: reprodução

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