Mendes se reúne com produtores de soja em Sinop sobre moratória e diz que “em breve teremos novidades”
O governador Mauro Mendes de Mato Grosso afirmou nesta terça-feira (16), em entrevista coletiva, durante a abertura da Norte Show em Sinop, que terá, esta semana, uma reunião com representantes de grandes empresas compradoras de grãos a respeito da moratória da soja. Ele disse que, se não houver flexibilização nas regras da moratória, o governo poderá endurecer o tratamento e a relação com essas empresas.
A moratória da soja é uma questão antiga cobrada pelos produtores rurais de Mato Grosso, que acreditam que ela impede que os produtores que abriram novas áreas legalmente exerçam seu direito de exploração. O presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, afirmou que a moratória desrespeita o Código Florestal Brasileiro, e que a fala do governador é positiva, uma vez que demonstra ser contra as ilegalidades da moratória.
Segundo Ilson, argumenta que os produtores não podemos tolerar que empresas hajam em desconformidade com o Código Florestal Brasileiro, impedindo que o produtor exerça o seu direito de explorar em áreas desflorestadas legalmente. Nós não somos a favor da ilegalidade e não passamos a mão naqueles que desmataram ilegalmente, mas nós não podemos concordar que haja restrições para aqueles produtores que agiram dentro da legalidade”, disse o presidente.
A moratória da soja é uma iniciativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que impede a venda de soja de produtores que legalmente abriram novas áreas após 2008, contrariando o Código Florestal.
Em novembro de 2022, o governador Mauro Mendes disse que uma das possíveis sanções às empresas signatárias da moratória seria a criação de uma lei que retiraria os incentivos fiscais concedidos a elas.
Portanto, fica claro que a moratória da soja é um tema polêmico e controverso em Mato Grosso, com o governo estadual ameaçando tomar medidas contra as empresas envolvidas caso não haja flexibilização nas regras.
Redação JA / Foto: Divulgação
