Pesquisa pretende desenvolver biodefensivos a partir de micro-organismos para o cultivo sustentável de algodão
O projeto Agrobio-MT, desenvolvido pelo Instituto Senai de Tecnologia (IST) em parceria com o Instituto Mato-grossense do Algodão (Ima-MT) e financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), tem como objetivo a pesquisa e desenvolvimento de biodefensivos a partir de micro-organismos para o controle biológico da cultura do algodão. Essa iniciativa visa promover um cultivo de algodão mais sustentável, com menor custo e reduzindo a dependência de pesticidas químicos do mercado internacional.
O projeto utiliza cepas microbianas extraídas do Laboratório de Extratos do Ima-MT, localizado em Rondonópolis. Serão realizados testes de bioatividade em lavouras de algodão nas cidades de Rondonópolis e Primavera do Leste. A Finep disponibilizou pouco mais de R$ 2,8 milhões para o projeto, atendendo à chamada pública 01/2022 do Programa de Cadeias Produtivas da Bioeconomia – MCTI. O prazo para a execução do projeto é de 36 meses. A estratégia central do projeto é combater as defesas sanitárias, como o bicudo-do-algodoeiro, a ferrugem da soja, lagartas heliothinae e nematóides.
Segundo a gestora Luciana Ferreira, o desenvolvimento do projeto terá impactos positivos no estado, abrangendo aspectos econômicos, tecnológicos e ambientais. A iniciativa contribuirá para o domínio tecnológico do controle biológico na cadeia do algodão, promovendo uma agricultura mais sustentável e segura para o meio ambiente e a saúde humana. Além disso, estimula a preservação da biodiversidade local e impulsiona a pesquisa e inovação em biotecnologia e microbiologia. Economicamente, fortalece a produção de algodão, garantindo safras mais consistentes e de melhor qualidade, atraindo investimentos e parcerias para o desenvolvimento sustentável do setor agrícola do estado.
Redação JA / Foto: reprodução
