O Paraná, São Paulo e Mato Grosso estão colocando a irrigação para reduzir os impactos das mudanças climáticas nas suas lavouras.

O Paraná, São Paulo e Mato Grosso estão colocando a irrigação para reduzir os impactos das mudanças climáticas nas suas lavouras.

O Paraná, por exemplo, liderado pelo Governador Ratinho Junior, a cada ano busca aumentar o seu protagonismo no cenário do agronegócio nacional. Além da produção de soja e milho, o estado é referência no cultivo de cevada, feijão, mandioca, erva-mate, triticale e centeio. No entanto, apesar de seu vasto potencial, com quase 15 milhões de hectares de terras agrícolas, menos de 2% da área agricultável é atualmente irrigada. atualmente tem menos de 2% de suas terras agrícolas irrigadas, e busca aumentar essa área.

Já o Governador de Mato Grosso Mauro Mendes, estado que detém o título de maior potencial de crescimento na agricultura irrigada do Brasil, enfatizou a importância de desenvolver práticas sustentáveis que abordem os aspectos econômicos, sociais e ambientais. Atualmente, apenas 178 mil hectares por lá são irrigados, em comparação com os 8,2 milhões de hectares em todo o país. No entanto, um estudo recente revelou que MT poderia expandir sua área irrigada para até 3,9 milhões de hectares, representando um salto significativo no desenvolvimento.

Em São Paulo, as fortes estiagens nos últimos anos têm castigado a classe produtora, acarretando prejuízos bilionários a toda a cadeia. Para tentar minimizar esses impactos e ampliar a área irrigada, o Governo do Estado, representado pelo Secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, tem se movimentado para desenvolver um plano de irrigação. O projeto é ambicioso e tem a meta de aumentar em mais de 2 milhões de hectares de terras agrícolas irrigadas. Atualmente a irrigação cobre apenas 6% da área de plantio e, para 2030, a meta é atingir 15%.

As autoridades desses estados estão se mobilizando para desenvolver planos e políticas de incentivo à irrigação, com o apoio da indústria do setor, representada pela Câmara Setorial de Equipamentos para Irrigação (CSEI) e a Rede Nacional da Agricultura Irrigada (Renai).

Algumas barreiras à expansão da irrigação incluem a disponibilidade de energia elétrica e os processos burocráticos para obter outorgas e licenças ambientais. As indústrias e órgãos do governo estão trabalhando juntos para superar esses desafios.

O objetivo é que, com mais estados priorizando a irrigação, essa abordagem possa se expandir para o âmbito federal, assim como ocorre nos Estados Unidos, onde a parceria público-privada tem ajudado a reduzir os efeitos das mudanças climáticas na agricultura.

De acordo com Eduardo Navarro, Presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Irrigação (CSEI) e vice-presidente na Lindsay Corporation, com esse interesse por parte das autoridades dos três importantes estados, todos nessa cadeia só têm a ganhar. “A busca por mais informações pela irrigação cresceu principalmente pelas quebras de produtividade que estão ocorrendo. A utilização de pivôs é uma excelente saída para que tenham a proteção da sua produtividade, como se fosse, de fato, um seguro”, disse.

 

Redação JA / Foto: reprodução

 

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