DESRESPEITO: Ex-secretários de saúde de Cuiabá, não comparecem á Câmara Municipal para depor
O ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Milton Correa da Costa Neto, e o ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues não compareceram à Câmara Municipal para prestar depoimento à Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro. Eles são acusados de fazer parte de uma organização criminosa que tinha como objetivo desviar recursos da Saúde Municipal, sendo supostamente liderada pelo prefeito.
A Comissão Processante irá notificá-los novamente em uma data a ser definida, e o depoimento dos dois ex-secretários terá que ser feito até o dia 5 de junho. O vereador Dilemário Alencar sugeriu que, caso eles não respondam às notificações, seja determinada uma ordem de condução coercitiva, ou seja, que sejam obrigados a comparecer e depor.
O presidente da Comissão, Wilson Kero Kero, consultará a Procuradoria da Casa sobre a legalidade desse pedido e a sugestão será analisada pelo grupo na quarta-feira, dia 15.
No depoimento realizado, apenas a ex-servidora da Saúde Hellen Cristina da Silva compareceu. Ela foi acompanhada por um advogado e testemunhou a pedido do prefeito. Hellen foi alvo da Operação Overpriced, que investigou suposto superfaturamento na compra de medicamentos durante a pandemia, mas foi inocentada pela Justiça. Ela também foi alvo de uma fase da Operação Curare, que investiga desvios de recursos da Saúde de Cuiabá, e trabalhou na gestão de compras de medicamentos da Secretaria Municipal de Saúde. No depoimento, Hellen admitiu que pode ter havido erros na gestão do prefeito Emanuel, mas afirmou desconhecer a culpa dele.
Além disso, outras oitivas estão programadas para esta quarta-feira, envolvendo o advogado e ex-secretário de Saúde Luís Antônio Possas e a ex-secretária-adjunta da Saúde Dalila Roque Ribeiro.
A Comissão Processante foi aberta contra o prefeito em março deste ano e tem o poder de cassar o mandato do gestor. Além do presidente da Comissão, Wilson Kero Kero, fazem parte do grupo o relator, vereador Rogério Varanda, e o membro vereador Eduardo Magalhães. A justificativa para a abertura da comissão menciona que Emanuel foi afastado do cargo por supostamente liderar uma organização criminosa que visava desviar recursos da Saúde Municipal. No entanto, ele retornou ao cargo três dias depois, pois o Superior Tribunal de Justiça (STJ) cassou a decisão de afastamento.
Redação JA/ Foto: reprodução
