CUIDADO COM GOLPE: Defensoria Pública não cobra dinheiro para liberar bens ou valores em processos

CUIDADO COM GOLPE: Defensoria Pública não cobra dinheiro para liberar bens ou valores em processos

A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) informa à população que não realiza cobranças por meio de boletos, Pix ou outras formas de pagamento para liberar alvarás ou acessar benefícios judiciais e extrajudiciais. Todos os serviços oferecidos pela instituição são completamente gratuitos, prestados por defensores públicos e servidores.

Recentemente, uma cidadã procurou o Núcleo da Defensoria Pública em Ribeirão Cascalheira (742 km de Cuiabá) após ter sido vítima de um golpe. Ela relatou ter recebido uma mensagem de WhatsApp de uma mulher que se dizia estagiária da DPEMT.

A golpista alegou que a vítima havia vencido uma ação judicial e que tinha um alvará que garantiria R$ 13.500. No entanto, para liberar o valor, a mulher precisaria pagar R$ 989 via Pix.

Logo após, a golpista, utilizando um número diferente, se apresentou como servidora do Superior Tribunal de Justiça e fez uma videochamada, onde deu instruções sobre como realizar o pagamento. A vítima, seguindo as orientações, completou a transferência e só percebeu que havia sido enganada ao final da chamada.

Ela informou que o valor solicitado era parte de suas economias, guardadas na poupança.

O defensor Valderi de Carvalho, que atua no Núcleo de Ribeirão Cascalheira, ressaltou que não há cobranças para acessar valores de processos, nem exigências de reconhecimento facial ou assinatura digital. “Todos os atendimentos da Defensoria Pública são gratuitos para aqueles que comprovam insuficiência de recursos ou estão em situação de vulnerabilidade, como mulheres vítimas de violência, idosos, crianças e adolescentes, entre outros.”

Ele orientou a vítima a registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia. Além disso, comunicou a Administração Superior sobre o incidente e, em conjunto, o Núcleo de Ribeirão Cascalheira buscará os órgãos competentes para tentar recuperar os valores.

“Faremos o possível para recuperar esse dinheiro, pois a vítima é uma pessoa em situação de vulnerabilidade e o montante fazia parte de suas economias. É triste ver pessoas que já enfrentam dificuldades financeiras e emocionais serem alvo de tais crimes.”

O defensor também destacou que essa não é a primeira ocorrência de golpistas se passando por membros da DPEMT. Em março de 2024, circularam mensagens falsas em grupos de WhatsApp em Várzea Grande, alegando que a Defensoria cobrava por seus serviços.

Os canais de atendimento oficiais da DPEMT, incluindo telefones, WhatsApp e endereços dos núcleos em todo o estado, podem ser consultados diretamente no site oficial da instituição.

Carvalho aconselha os cidadãos a desconfiarem de quaisquer mensagens solicitando pagamentos em nome da Defensoria e a procurarem imediatamente o núcleo mais próximo. Golpistas exploram a boa-fé da população para cometer fraudes cada vez mais sofisticadas.

“A recomendação é: não forneça dados pessoais, não faça depósitos ou transferências em situações como essas e entre em contato com a Defensoria mais próxima para verificar a veracidade das informações, pois os chamados crimes de engenharia social estão se tornando mais elaborados para enganar as vítimas”, concluiu.

Redação JA/ Foto: reprodução

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