Eleições na OAB não podem reproduzir lógica perversa das redes sociais, afirma presidente do IAB

Eleições na OAB não podem reproduzir lógica perversa das redes sociais, afirma presidente do IAB

Em nota divulgada nesta quinta-feira (29/8), o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) manifesta-se sobre as eleições que ocorrerão em todas as seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil no País, em novembro deste ano, e afirma: “A advocacia não pode repetir em suas disputas estaduais modelos que reproduzam a lógica perversa das redes sociais, como também deve impedir a propagação dos discursos de ódio, patrulhamentos ideológicos e intolerância”.

Segundo a nota, assinada pelo presidente nacional da entidade, Sydney Limeira Sanches, “o IAB acompanhará os processos eleitorais em todos os estados com a necessária equidistância e sempre com independência, sem ladear qualquer candidatura”. O presidente do IAB lembra, ainda: “É de nossa essência democrática promover uma política institucional de qualidade e alto nível, a fim de garantir um processo eleitoral que permita aos advogados e advogadas escolherem com isonomia, liberdade e transparência”.

Leia a nota na íntegra

 

Nota do IAB sobre as eleições na OAB em todo o Brasil

 

O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), atento às suas finalidades originárias de defesa da advocacia e do Estado Democrático de Direito, na qualidade de entidade matriz da OAB, vem se manifestar sobre o processo eleitoral na Ordem dos Advogados do Brasil, que ocorrerá em todas as seccionais do País em novembro de 2024.

Como instituição de atuação em âmbito nacional, com sede no Rio de Janeiro, associados em todo o País e 10 subsedes estaduais, o IAB destaca a sua certeza de que as candidaturas já apresentadas ou que em breve formalizarão suas postulações terão como primado a valorização e a união da advocacia, como mola propulsora do sistema de justiça, que clama por aprimoramento no atendimento ao jurisdicionado.

A advocacia não pode repetir em suas disputas estaduais modelos que reproduzam a lógica perversa das redes sociais, como também deve impedir a propagação dos discursos de ódio, patrulhamentos ideológicos e intolerância, especialmente entre pares que historicamente compartilham dos ideais voltados à defesa da cidadania e dos valores democráticos.

Com razão apontou o presidente Beto Simonetti, na última reunião de agosto do CFOAB, as eleições nas seccionais na OAB, cujo processo se dá em curto espaço temporal, não valem a cizânia ou a ruptura, pois assim macularemos os valores solidários da própria advocacia, que deve utilizar esse rico momento de reflexão da classe para encontrar caminhos que aprimorem a sua atuação e a fortaleçam.

O IAB acompanhará os processos eleitorais em todos os estados com a necessária equidistância e sempre com independência, sem ladear qualquer candidatura, pugnando por um processo eleitoral maduro e leal, que respeite a autonomia das instituições e o seu lugar de atuação no âmbito do sistema jurídico nacional, onde todos os postulantes tenham espaço para apresentação de suas propostas, pois é de nossa essência democrática promover uma política institucional de qualidade e alto nível, a fim de garantir um processo eleitoral que permita aos advogados e advogadas escolherem com isonomia, liberdade e transparência.

O IAB, com sua notória independência e isenção, continuará firme em seus propósitos em favor da advocacia nacional, desejando êxito a todas as candidaturas em suas jornadas, pois o resultado é mera consequência do valoroso contributo de todos para o aprimoramento da OAB.

O IAB acredita na maturidade da advocacia, que, ao servir de exemplo para o povo brasileiro, sairá do processo eleitoral classista mais forte, republicana, independente e reafirmando seus compromissos com a solidariedade, os direitos fundamentais e o pleno cumprimento do seu desiderato constitucional.

 

Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2024.

 

Instituto dos Advogados Brasileiros

Sydney Limeira Sanches

Presidente nacional

 

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