Fazendeiro” do MP agradeceu desembargador por decisão favorável: “Graças a Deus e a seu trabalho

"Fazendeiro" do MP agradeceu desembargador por decisão favorável: "Graças a Deus e a seu trabalho"

 

Em nota, a assessoria afirmou que acompanha o caso e pede seriedade nas investigações, que resultaram no afastamento de cinco desembargadores da alta cúpula do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Preocupada com a repercussão da operação ‘Ultima Ratio’, deflagrada pela Polícia Federal nas primeiras horas desta quinta-feira (24), que tirou cinco desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), da Amamsul (Associação de Magistrados de Mato Grosso do Sul) emitiu uma nota pública solicitando seriedade nas investigações e esclarecendo que os magistrados envolvidos estão apenas sendo investigados.

 

“A medida visa a elucidação de fatos ainda em fase de investigação. Registra-se, neste sentido, que o procedimento segue sob sigilo, por determinação do próprio STJ [Supremo Tribunal de Justiça), sendo que a Amasul acompanhará o desenrolar dos acontecimentos”, relata a nota.

 

Os desembargadores envolvidos são Marcos José de Brito Rodrigues, Vladimir Abreu, Sérgio Fernandes Martins, Sideni Soncini Pimentel e Alexandre Aguiar Bastos. Todos foram alvos de busca e apreensão.

Ainda de acordo com a nota, os magistrados terão garantido o devido processo legal, tanto pelos desembargadores quanto pelo juiz Paulo Afonso de Oliveira, responsável pela 2ª Vara Cível de Campo Grande. Na manhã de hoje, agentes da Polícia Federal ocuparam o gabinete do juiz em busca de provas.

Operação 

A Operação na manhã de hoje (24), afastou o conselheiro Osmar Domingues Jeronymo do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). Atualmente ele é corregedor-geral da Corte Fiscal. Além dele, Danillo Moya Jeronymo, sobrinho do conselheiro, que é servidor no TJMS, também foi afastado de suas funções.

De acordo com as investigações, há indícios de envolvimento de advogados e filhos de desembargadores nas vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Desembargadores afastados 

Durante a operação na manhã desta quinta-feira (24), foram afastados pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) cinco desembargadores, um juiz de primeira instância, um procurador do Ministério Público Estadual (MPE) e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE).

A reportagem do Correio do Estado esteve no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) para acompanhar os trabalhos da Polícia Federal. Foi apurado que os policiais “visitaram” os gabinetes dos  cinco desembargadores e mesas de dois assessores.

A equipe flagrou os agentes retirando um cofre do prédio do órgão. O item era tão pesado que teve que ser transportado utilizando uma cadeira de escritório com rodinhas, e precisou de três agentes para ser colocado na viatura policial.

Em um outro momento, os agentes saíram do prédio com uma “bolsa gigante”, cheia de documentos e outros itens, que aparentava estar pesada, visto que foi carregada por dois agentes.

Além do TJMS, a Polícia Federal tem mais de 200 agentes ditribuídos em 40 equipes cumprindo mandados de busca e apreensão em casas, no fórum e em escritórios de advocacia, localizados em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá.

O Correio do Estado entrou em contato com o Tribunal de Justiça e com o Ministério Público em busca de mais informações, mas não teve retorno até o momento de publicação do material.

Alta cúpula  

Os 5 magistrados da alta cúpula do Judiciário foram afastados de suas atividades por 180 dias. Eles terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessar as dependências dos órgãos públicos e de manter contato com outras pessoas investigadas.

Informações preliminares apontam que os desembargadores afastados foram: Marcos Brito; Vladimir Abreu; Sérgio Martins (presidente do TJ), Sideni Pimentel e Alexandre Aguiar Bastos.

Operação

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

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