Lojistas do Shopping Popular calculam que o prejuízo gerado pelo incêndio, registrado na madrugada desta segunda-feira (15), pode variar de R$ 50 mil a R$ 500 mil por box.
As perdas relatadas pelos comerciantes abrangem desde produtos, estrutura e estoque armazenado nos estandes.Com mais de 25 anos de atuação no Shopping, a empresária Simone Freitas tem um box destinado a artefatos de pesca. Ela citou perdas entre R$ 400 mil a R$ 500 mil e disse não acreditar na tragédia.
“Estou sem chão. Não tem o que fazer“, esse é o relato da comerciante Diva dos Santos Barbosa, de 62 anos, após receber a notícia de que um incêndio atingiu o Shopping Popular, em Cuiabá, durante a madrugada desta segunda-feira (15). Ao g1, Diva contou que ela e o marido tinham uma loja de chapéu no local há 28 anos.
Há 23 anos, Ariovaldo Mundim construiu sua primeira banca de capas e assessórios para celulares. Nesta madrugada, a loja, que também estava localizada dentro do shopping, foi destruída. Na frente dos destroços, o comerciante foi visto chorando, enquanto abraçava a esposa e os sete funcionários que prestavam serviços a ele. Disse ao G1.
“Daqui é de onde tiramos toda nossa renda, todo nosso sustento. Foi no Shopping Popular que construímos nossa história. Cheguei aqui e só vi esse monte de cinzas e toda nossa história sendo destruída pelo fogo”, lamentou.
O casal Juliane Santos, de 35 anos, e Suelen Amorim, de 36 anos, eram proprietárias de uma loja de personalizados e contaram que esse era o único meio de sustento da família.
“Estou sem acreditar. Fiquei sem chão. A gente vê as imagens, mas não acredita. Quando cheguei aqui, fiquei toda arrepiada e com o coração partido. É meu sustento, vivo 100% daqui”, afirmou ela em conversa com o MidiaNews.
A mesma situação de Simone é vivenciada pelo lojista Élio Júnior. Com um box destinado à comercialização de roupas masculinas e camisas de times de futebol, ele afirmou que ainda está processando o episódio.
“Muitas pessoas se solidarizaram comigo, mas tomei um susto muito grande. A ficha só cai mesma na hora que cheguei e vi o que aconteceu”, disse. Com a perda de 80% do estoque da loja, o empresário calcula que o prejuízo dele chegue a R$ 50 mil. Élio agora busca manter o foco para voltar a trabalhar e tentar se reerguer com os poucos materiais que sobraram da loja.
“Aqui não se levanta com menos de um ano e meio ou dois anos. Preciso voltar a trabalhar, porque tenho funcionários e pessoas que dependem da gente” afirmou.
Ele ainda planeja votar para o shopping Popular, mas crê que levará tempo para o espaço de reerguer. “Se aqui se reerguer a gente quer voltar, mas até lá o caminho é longo” completou.
Foto: reprodução
O incêndio
O início do incêndio de grandes proporções foi registrado por volta das 2h da madrugada desta segunda-feira no Shopping Popular.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e realizou o controle das chamas. Conhecido popularmente como camelódromo, o espaço abrigava cerca de 600 lojistas e era considerado um dos maiores centros populares e compras da região Centro-Oeste.
Devido à grande quantidade de matérias inflamáveis no local, o fogo foi controlado horas após o início do incêndio, que devastou o local.
Redação JA com informações dos sites Midianews.com e G1/ Foto: Mariana Mouro-G1