O Tribunal de Justiça decidiu, nesta quinta-feira (19), aceitar a denúncia contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e mais três indivíduos, relacionados a um suposto esquema de vacinação clandestina contra a Covid-19. Além do prefeito, também foram incluídos como réus seu irmão, Marco Polo de Freitas Pinheiro, conhecido como Popó, o ex-chefe de gabinete Antônio Monreal e o ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Gilmar de Souza Cardoso.
Os acusados enfrentarão charges por crimes de associação criminosa, uso indevido de serviços públicos e inserção de dados falsificados em sistemas de informação, totalizando 62 infrações.
De acordo com as investigações, o esquema teria beneficiado pessoas fora dos grupos prioritários definidos no plano de vacinação. Por unanimidade, os desembargadores da Turma de Câmaras Criminais Reunidas acompanharam o relator, Gilberto Giraldelli. O grupo é composto pelos desembargadores Orlando Perri, Hélio Nishiyama, Marcos Machado, Wesley Sanches, Jorge Luiz Tadeu e Rondon Bassil.
Giraldelli destacou que conversas obtidas via WhatsApp revelaram que diversos interlocutores enviavam nomes, CPF, comprovantes do SUS e registros de vacinação diretamente ao telefone pessoal do prefeito, assim como ao de seu irmão e do chefe de gabinete, solicitando agendamentos de vacinação.
Após receber os pedidos, os três réus encaminhavam as solicitações a Gilmar, que era responsável por organizar a vacinação. “Denúncia recebida conforme voto do relator”, declarou o desembargador Orlando Perri, presidente da Câmara.
O caso não envolve apenas o uso impróprio da estrutura pública, mas também a manipulação de dados para beneficiar pessoas que não atendiam aos critérios estabelecidos. Emanuel Pinheiro enfrentará as acusações enquanto continua no cargo de prefeito da capital mato-grossense.
Em um extenso voto, Giraldelli ressaltou detalhes do modus operandi do grupo, conforme descrito pelo Ministério Público. O prefeito é identificado como o líder da associação criminosa, recebendo informações do núcleo político ou diretamente de pessoas de seu interesse. Popó e Monreal foram designados como membros do núcleo político, responsáveis por filtrar os pedidos, enquanto Gilmar Cardoso, do núcleo operacional, teria a incumbência de inserir dados falsos no sistema sob orientação do prefeito e demais membros da associação criminosa.
Redação JA/ Foto: reprodução

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