Uma situação delicada ocorrida na Assembleia Legislativa de Mato Grosso na sessão de hoje quarta-feira (3), entre os deputados Lúdio Cabral (PT) e Eduardo Botelho (União), ambos pré-candidatos a prefeito de Cuiabá. Esse tipo de desentendimento entre políticos rivais é lamentável, mas infelizmente não é algo incomum, especialmente em um período eleitoral onde chegam até as vias de fato.
A discussão girou em torno de um requerimento em regime de urgência, projeto de lei apresentado por Lúdio, que busca regulamentar a operação do sistema de BRT em Cuiabá e Várzea Grande, estabelecendo uma tarifa de R$ 1,00 por 5 anos com recursos provenientes da venda dos vagões do VLT para o estado da Bahia, por R$ 780 milhões. Como Botelho estava presidindo a sessão na qual o projeto seria discutido, houve um confronto verbal que quase resultou em violência física.
Eles bateram boca, tête-à-tête e, por pouco, não saíram às vias de fatos. No meio da discussão, Lúdio se dirige à cadeira de Botelho, que está sentado presidindo a sessão, e o provoca. Irritado, Botelho se levantou e empurrou o petista.
Lúdio se dirige a Botelho dizendo, respeito é recíproco. Agora não tem sentido o presidente da Assembleia perder a cabeça e partir para agressão física. Não tem sentido, porque isso não é compostura de quem tem decoro parlamentar. Você precisa se desculpar. E é meu dever dizer isso.
O presidente da ALMT, Eduardo Botelho, respondeu dizendo que foi tratado com desrespeito. “Eu não aceito a falta de respeito com os colegas. Eu respeito todo mundo aqui dentro, sempre tratei oposição e situação com respeito. E quando você se dirigir a mim, que seja com respeito e com calma sem rancor. Não adianta vir com agressão pra cima de mim, que vai receber agressão da mesma forma.
Botelho no final disse, não aceito ninguém fazer graça com a minha cara não. Se me respeitar, terá respeito. Se vier com briga e cara feia, terá briga. Exijo respeito, estou neste momento como presidente desta casa de Lei.
Na votação do requerimento de urgência de Lúdio, que havia recebido onze assinaturas no plenário, acabou sendo rejeitado. Na prática, isso significa que o projeto foi enterrado, derrotado, diz Lúdio Cabral (PT).
Redação JA / Foto: reprodução