O vereador Dilemário Alencar (União), reeleito em Cuiabá, destacou que a renovação não deve ser considerada o critério principal na escolha do próximo presidente da Câmara Municipal. Neste ano, a Capital elegeu 11 novos vereadores, além de reeleger 16. Alguns dos recém-eleitos defendem a necessidade de uma mudança na liderança da Casa para o biênio 2025-2026.
Com vasta experiência no legislativo, Dilemário argumentou que uma liderança nova não garante uma administração eficaz. Ele mencionou o caso do ex-vereador João Emanuel, que foi cassado após ser investigado e afastado da presidência durante a Operação Aprendiz. “Lembro que, em 2012, houve uma forte defesa pela renovação, mas o presidente da Câmara foi João Emanuel, que nunca tinha sido vereador. Ele acabou sendo o mais votado e o resultado foi desastroso”, comentou.
Dilemário também observou que já houve vereadores experientes que presidiram a Câmara e não cumpriram as expectativas. Para ele, o que realmente importa é a capacidade do candidato em gerenciar os conflitos da cidade.
Ele afirmou que não pretende disputar a presidência ou qualquer cargo na Mesa Diretora e que ainda não decidiu a quem apoiar. Dilemário planeja focar na cobrança de propostas dos candidatos. “Já passei por seis eleições para a Câmara e vou priorizar a apresentação de propostas à sociedade. Acredito que essa questão se esclarecerá na última quinzena de dezembro”, disse.
Em sua visão, mais importante do que a experiência do candidato, o próximo presidente da Câmara deve ter um perfil “conciliador”. Ele enfatizou a necessidade de que a nova liderança se comprometa a reformar o Regimento Interno da Câmara.
“O próximo presidente precisa ser um grande conciliador, pois o foco deve ser a recuperação de Cuiabá, que enfrenta sérios problemas”, afirmou. Ele também ressaltou que os candidatos à presidência devem se comprometer a modernizar o Regimento Interno e garantir que o prefeito cumpra a legislação que assegura o pagamento das emendas impositivas a todos os vereadores, independentemente de sua posição política.
Redação JA/ Foto: reprodução