PRODUTOR RURAL: Advogada Taísa Boton reforça necessidade de revisão em moratória da soja em MT

PRODUTOR RURAL: Advogada Taísa Boton reforça necessidade de revisão em moratória da soja em MT

A advogada e produtora rural Taísa Boton trouxe um importante debate sobre a moratória da soja em Mato Grosso à tribuna da Câmara Municipal na manhã de segunda-feira, dia 8. Taísa, que é conhecida por ser uma voz ativa na defesa dos interesses dos produtores, destacou os desafios enfrentados devido às restrições impostas por esse acordo comercial, que foi assinado sob pressão da Europa.

A moratória da soja foi firmada por entidades como a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), trades, instituições financeiras e ONGs, e tem causado prejuízos significativos aos produtores rurais de Lucas do Rio Verde e região. Segundo Taísa, essa restrição vai contra o Código Florestal e a Constituição Federal, uma vez que impede a venda da soja em áreas consolidadas e também em áreas que foram desmatadas de forma legal após a promulgação do Código Florestal em 2012.

O impacto econômico dessa situação é evidente, uma vez que a agricultura é uma das principais bases da economia brasileira. A dificuldade em vender a soja afeta não apenas os produtores, mas toda a cadeia produtiva, resultando em desemprego e desaceleração do setor. Taísa ressalta que muitos produtores de Lucas do Rio Verde produzem em áreas do bioma amazônico que são consideradas áreas consolidadas, mas mesmo assim estão enfrentando dificuldades para efetuar suas vendas. Isso afeta não apenas a comercialização, mas também todos os colaboradores das fazendas. Se o produtor rural não consegue vender sua produção, como ele vai manter seu negócio funcionando? E se ele não consegue obter crédito rural devido à moratória da soja, como ele vai continuar sendo produtivo?

Diante dessa realidade, Taísa espera o apoio da Câmara Municipal para que essa questão seja levada ao governador e para que sejam tomadas medidas em prol dos interesses dos produtores locais. Ela destaca a importância de impor taxas sobre as empresas e países estrangeiros que não cumprem a legislação brasileira, garantindo assim uma comercialização justa dos produtos agrícolas.

Taísa ressalta que, com o novo Código Florestal de 2012, muitos produtores têm se dedicado à recuperação de áreas degradadas e ao reflorestamento, seguindo as normas legais e ambientais. Portanto, a moratória da soja, que foi estabelecida em 2005 quando o Código Florestal era menos rigoroso, perdeu sua relevância e hoje serve apenas como um controle econômico de mercado.

Por fim, a advogada enfatiza que os produtores rurais agem dentro da legalidade, obtendo as autorizações necessárias para o desmatamento legal, com o respaldo dos órgãos ambientais competentes. O objetivo é buscar uma solução que concilie o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, garantindo os direitos e a sustentabilidade do setor agrícola em Mato Grosso.

Redação JA / Foto: reprodução

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