FALTA DE DIÁLOGO: em protesto contra decisão do desembargador José Zuquim, vinte e seis não comparecem no pleno

EFETIVIDADE: Presidente do TJMT José Zuquim tem presa em receber a lista sêxtupla da OAB/MT

Dos 36 desembargadores que estão atualmente no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, vinte e seis não participaram da sessão do Pleno nesta quinta-feira (28) como um sinal de protesto contra a gestão do presidente do Tribunal, desembargador José Zuquim.

manifestação serviu para expressar uma reação contra sua forma de conduzir a instituiçãoO descontentamento é resultado de vários fatores e da falta de diálogo.
O protesto silencioso revelou publicamente a divisão interna e a ausência de um consenso sobre a direção do TJ-MT.

O que se alega nos bastidores do TJMT é que Zuquim teria começado a adotar decisões administrativas importantes sem antes consultar o colegiado, como havia sido acordado anteriormente, o que estaria trazendo danos desnecessários à imagem do sistema judicial.

Um dos acontecimentos que ampliaram a insatisfação foi a decisão de Zuquim, anunciada no início desta semana, que permitiu o pagamento do adicional por tempo de serviço (ATS) a 2,4 mil servidores, o que poderia resultar em um impacto financeiro estimado em R$ 3 bilhões para os cofres públicos (leia mais AQUI).

A informações de fontes da nossa reportagem, que confirmarão que o
 presidente tinha se comprometido a discutir a questão com os outros desembargadores, mas acabou tomando a decisão de forma solitária.

A ação não apenas causou irritação entre os colegas, mas também foi posteriormente reprovada pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Mauro Campbell Marques (veja AQUI).

“O protesto ocorreusem dúvidasendo uma forma de se opor essa maneira de gerir o Poder. O evento mais recente foi relacionado ao Adicional por Tempo de Serviço, pois ele havia garantido que faria uma consulta antes de tomar decisões de grande impacto. A insatisfação resulta de uma combinação de fatores e da falta de comunicação“, comentou um juiz.

Comunicação ao CNJ

Ao declarar que não havia quórum suficiente para a realização da reunião, o presidente José Zuquim informou que reportaria o incidente ao CNJ, devido às ausências não justificadas.

“Com a ausência dos outros membros do Órgão Especial, o que impossibilita a realização da sessão programada e que foi inclusive antecipadamente enviadaestou suspendendo a sessão por falta de quórum. Em virtude da ausência de justificativas para as faltas, determino que se informe imediatamente ao corregedor nacional de Justiça, para que sejam tomadas as devidas providências a fim de garantir a continuidade dos serviços desta instituição”, declarou Zuquim.

 

Redação JA/ Foto: reprodução

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