STF rejeita embargos de declaração de deputados tornados réus por pedir propina para emendas ao Orçamento

STF rejeita embargos de declaração de deputados tornados réus por pedir propina para emendas ao Orçamento

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração apresentados pelo ex-deputado federal João Bosco da Costa e por Thalles Andrade Costa, em relação ao recebimento da denúncia no Inquérito 4870. O ministro Cristiano Zanin, relator do caso, afirmou que não existem omissões ou contradições na decisão que justifiquem uma nova análise. A votação ocorreu em sessão virtual encerrada em 11 de abril.

Em março, a Primeira Turma havia aceitado a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados federais Josimar Cunha Rodrigues (PL-MA), conhecido como Josimar Maranhãozinho, e Gildenemir de Lima Sousa (PL-MA), também chamado de Pastor Gil, além de João Bosco da Costa, Thalles Costa e outros envolvidos, acusados de exigirem propina para alocar recursos ao Município de São José de Ribamar (MA) via emendas parlamentares.

Os embargos de declaração, apresentados pela defesa de Bosco e Thalles, alegavam que a Turma não teria abordado questões importantes, como a suposta usurpação de competência, cerceamento de defesa e violações na cadeia de custódia das provas.

No entanto, o ministro Zanin esclareceu que não foram identificadas omissões reais. A defesa buscava, na verdade, reavaliar o mérito da decisão, o que não é permitido com esse tipo de recurso. O relator destacou que a decisão contestada já havia analisado de forma clara e fundamentada todas as alegações apresentadas pela defesa.

 

Redação JA / Foto:  FELLIPE SAMPAIO /STF

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