Presidente da ALMT Max Russi criticou a vereadora Mayza Leão diz que menor sofreu “segundo abuso”

Presidente da ALMT Max Russi criticou a vereadora Mayza Leão diz que menor sofreu "segundo abuso"

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), apresentou críticas à vereadora Maysa Leão (Republicanos) por permitir que uma jovem compartilhasse, na tribuna da Câmara de Cuiabá, uma experiência de abuso sexual ocorrida na infância. Na visão de Max, essa exibição seria um “segundo abuso” que feria dignidade e a identidade da jovem.

“O fato de expor uma garota que, lamentavelmentepassou por um abuso severo enfrenta um novo trauma ao ter sua imagem explorada [na sessão]”, declarou o presidente durante a sessão realizada nesta quarta-feira (27).

“Esse episódio deve servir de aviso para nós, legisladores, sobre como e quais estratégias utilizaremos para impactar uma audiência e fomentar debates. Essa exposição nos causa preocupação”, acrescentou. “Cachorra viciada.”

Na tribuna, o deputado também condenou as palavras do vereador Gilson da Agricultura (União), de Pedra Preta, que, na segunda-feira (25), chamou a prefeita Iraci Ferreira de Souza (PSDB) de “cachorra viciada”.

Max expressou ter ficado “enojado” com as ofensas e sugeriu que a Câmara de Vereadores impose uma sanção ao parlamentar.

Um vereador atacando de maneira vil e desonrosa uma prefeita a quem tenho grande consideraçãoAdmito que, naquele momento, como esposo, me senti enojado ao ouvir a expressão ‘cachorra viciada’. Esperamos que a Câmara tome medidas. No mínimo, o vereador deve se desculpar por esse comentário sério”, afirmou.

ASSISTA VÍDEO:

Os acontecimentos

Na semana passada, uma audiência pública liderada pela vereadora Maysa Leão ocorreu, na qual uma adolescente fez uso da tribuna para relatar que foi alvo de abuso sexual. A declaração foi transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Câmara. O vídeo foi posteriormente removido a pedido da vereadora.

Maysa declarou que desconhecia a idade da jovem, que se apresentou por vontade própria e contava com a autorização da psicóloga e da assistente social que a acompanhavam.

Em Pedra Preta, o incidente aconteceu na segunda-feira (25), quando o vereador confrontou a prefeita, pedindo que ela tivesse vergonha” e insinuou que ela se comportava como uma cachorra viciada ao “pedir votos em assentamentos” na cidade.

Esse comentário foi amplamente condenado por políticos em todo Estado, incluindo a primeira-dama Virginia Mendes (União), deputada Janaina Riva (MDB) e o chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União).


Redação JA / Foto: reprodução

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