A Operação Apito Final foi deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de capitais em Cuiabá. A investigação, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), durou dois anos e revelou que uma organização criminosa estava envolvida em atividades ilícitas que movimentaram um total de R$ 65,9 milhões.
Durante a operação, estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram indisponibilizados 33 imóveis, realizados o sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos investigados. Um advogado, cujo nome não foi revelado, está entre os alvos dessa operação.
O principal alvo da investigação, que havia sido recentemente liberado da prisão, utilizava diversas pessoas, incluindo amigos, familiares e advogados atuando como “laranjas”, para adquirir imóveis, comprar e vender carros e atuar na locação de veículos com o dinheiro proveniente das atividades criminosas. O objetivo da operação é identificar e confiscar o patrimônio adquirido por membros dessa facção criminosa que atua em Mato Grosso.
A investigação revelou que o esquema criminoso movimentou um total de R$ 65.933.338 milhões no período apurado. O líder do grupo adquiriu diversos bens imóveis e veículos com os valores obtidos por meio das atividades ilícitas. O dinheiro era movimentado em contas bancárias e posteriormente convertido em ativos lícitos para dissimular a origem ilegal dos valores. Além disso, foram identificadas aquisições de terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média, em nome de testas de ferro vinculados diretamente ao principal investigado. Também foram descobertas aquisições de veículos utilizando garagens na compra e venda como forma de ocultar a posse e propriedade dos automóveis.
Quatro dos alvos da operação foram presos em Maceió, capital do estado de Alagoas, incluindo o líder da associação criminosa. Outro alvo, um advogado que fazia parte da organização, foi preso em Maceió quando estava prestando assistência jurídica a um cliente. As prisões em Alagoas contaram com o apoio da Diretoria de Inteligência e DRACCO, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil em Maceió, e do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública de Mato Grosso (Ciopaer).
Redação JA / Foto: PJC