PERÍODO ELEITORAL: MP de Pedra Preta solicita cassação de prefeita e vice por uso de R$ 650 mil para show sertanejo em feira agropecuária

PERÍODO ELEITORAL: MP de Pedra Preta solicita cassação de prefeita e vice por uso de R$ 650 mil para show sertanejo em feira agropecuária

  O Ministério Público Eleitoral (MPE) da 45ª Zona Eleitoral de Pedra Preta solicitou a cassação dos diplomas da prefeita Iraci Ferreira de Souza e do vice-prefeito Lenildo Augusto da Silva, além de multa, devido à prática de atos proibidos a agentes públicos durante o período eleitoral.

Essa ação foi motivada por uma representação especial apresentada pela Coligação “O Futuro em Nossas Mãos” e pelo Partido Republicanos, que pediu a intervenção do MPE.

Segundo a denúncia, os candidatos à reeleição teriam cometido abuso de poder ao organizar a 37ª ExpoPedra com recursos públicos, promovendo suas imagens e realizando publicidade institucional durante o evento, além de contratações temporárias em ano eleitoral.

A prefeita alocou R$ 1,05 milhão de verba pública para a realização da ExpoPedra, sendo R$ 650 mil destinados ao show da cantora Ana Castela, que teve entrada gratuita.

Iraci Ferreira e Lenildo da Silva são acusados de utilizar recursos públicos para promover suas candidaturas em um ano eleitoral. Durante a festividade, eles se apresentaram ao lado de artistas, pedindo votos e associando suas imagens aos shows, incluindo postagens nas redes sociais. Ademais, a prefeita fez 40 contratações temporárias, algumas após ser condenada em um processo anterior por práticas similares.

A promotora de Justiça Eleitoral, Nathália Moreno Pereira, argumentou que as evidências mostram a utilização de verba pública para fins promocionais disfarçados, em um período vedado, visando a valorização da imagem da prefeita e do vice.

Ela destacou que, embora a quantia destinada pela Prefeitura representasse apenas uma parte do custo total do evento, foi crucial para a realização da atração principal, gerando uma vantagem política significativa para os candidatos. O uso de recursos estatais para custear um show de grande porte, aliado à presença dos candidatos e à exploração política da ocasião, caracteriza a infração.

Por fim, a promotora afirmou que essas ações desequilibraram o processo eleitoral, comprometendo a igualdade de oportunidades entre os candidatos e influenciando o resultado das eleições.

 

Redação JA / Foto : reprodução

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