Pecuarista, filho médico e cunhado irão a júri popular, decide TJMT

Pecuarista, filho médico e cunhado irão a júri popular, decide TJMT

A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu manter a determinação de levar a júri popular a pecuarista Inês Gemilaki, seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, e o cunhado Eder Gonçalves Rodrigues. Eles são acusados de um ataque a tiros que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras duas feridas em abril de 2023, em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá.

O incidente, que foi gravado por câmeras de segurança, gerou grande repercussão na época. Os acusados permanecem detidos, e a data do julgamento ainda não foi marcada.

A decisão foi unânime, tomada em sessão realizada na terça-feira (15), com base no voto do relator, desembargador Hélio Nishiyama. Os advogados recorreram, mas seus pedidos foram rejeitados.

A defesa de Eder Rodrigues argumentou que a denúncia era inepta, pois não apresentava evidências que justificassem a qualificadora de motivo fútil nos homicídios de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo, além da tentativa de homicídio contra o padre José Roberto Domingos, que sobreviveu. Esse argumento foi refutado.

As defesas de Inês e Bruno tentaram remover a acusação de tentativa de homicídio contra Enerci Afonso Lavall, considerado o alvo principal do ataque, alegando que a arma utilizada estava sem munição, tornando-a ineficaz. Essa tese também foi negada pelos juízes.

Os réus solicitaram a exclusão da qualificadora de motivo fútil, argumentando que a suposta dívida que teria motivado o crime foi considerada improcedente em outro processo judicial. No entanto, o relator enfatizou que a veracidade da motivação não é relevante nesta fase do julgamento.

“Mesmo que a dívida não exista, este não é o momento apropriado para discutir sua existência. O conflito parece ter se originado dessa suposta dívida. Se houve ou não futilidade será analisado pelo Tribunal do Júri”, declarou Nishiyama.

De acordo com a acusação, Inês teria residido em um imóvel pertencente a Enerci Lavall, que posteriormente moveu uma ação de cobrança contra ela. Esse desentendimento teria levado ao ataque violento.

Redação JA/ Foto: reprodução

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *