A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, homologou os acordos entre o Ministério Público Estadual (MPE) e o empresário Valdir Daroit, além de sua esposa, Leila Clementina Sinigaglia Daroit, em um caso de lavagem de dinheiro relacionado à Operação Ventríloquo. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (14).
A operação apurou um esquema que desviou R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa entre 2013 e 2014.
De acordo com o acordo, Valdir se comprometeu a pagar R$ 42 mil, enquanto Leila pagará R$ 20 mil. Em troca, os dois serão retirados do processo.
Na sua decisão, a juíza alertou os envolvidos de que os acordos poderão ser revogados imediatamente caso haja descumprimento de qualquer condição.
Recentemente, a magistrada também isentou o empresário Edilson Guermandi de Queiroz e os ex-servidores da Assembleia Legislativa, Ana Paula Ferrari Aguiar e Odenil Rodrigues, do processo. Edilson concordou em pagar R$ 128,7 mil, enquanto Paula e Odenil se comprometeram a pagar R$ 20 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
Ainda respondem à ação os ex-deputados estaduais Gilmar Fabris e Mauro Savi, além de José Antonio Lopes, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini e Cleber Antônio Cini. O ex-deputado Romoaldo Júnior também estava no processo, mas faleceu em março do ano passado.
A Operação Ventríloquo
Conforme a denúncia do MPE, Romoaldo Júnior e Mauro Savi, junto com o ex-deputado José Riva e outros seis indivíduos – que enfrentam um processo separado – teriam formado uma “organização criminosa” com o intuito de “saquear os cofres” da Assembleia.
A ação aponta que o grupo desviou aproximadamente R$ 9.480.547,69 por meio do pagamento de uma dívida de seguro contraída pelo Legislativo com o antigo Banco Bamerindus.
Adicionalmente, o MPE afirma que, durante o mesmo período, os acusados ocultaram e dissimularam a origem dos valores, contando com a ajuda de empresários e assessores parlamentares, incluindo Valdir Daroit, Leila Daroit, Odenil Rodrigues e Edilson Guermandi.
Quanto ao deputado Gilmar Fabris, o MPE alega que investigações indicam que ele recebeu R$ 95 mil do montante desviado, tendo ciência da origem ilícita dos recursos. Os promotores afirmam que ele teria facilitado a “lavagem” do dinheiro por meio de sua ex-assessora, Ana Paula Ferrari Aguiar.
Redação JA / Foto: reprodução
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