Deputado Wilson Santos defender um plano viário para Cuiabá, “Mobilidade urbana vai além do BRT”

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) está promovendo a necessidade de aumentar os investimentos em mobilidade urbana em Cuiabá e na região metropolitana. Ele acredita que a solução para os problemas de tráfego envolve a construção de viadutos, trincheiras e outras obras estruturais que agilizem o fluxo de veículos, especialmente durante os horários de pico.

Santos destaca que a implementação do BRT não resolverá as questões de acessibilidade, uma vez que o sistema contará apenas com dois corredores: um que liga o Terminal do Coxipó ao centro e outro que conecta o Terminal André Maggi, em Várzea Grande, ao CPA.

O deputado argumenta que o debate entre BRT e VLT não aborda os principais problemas do trânsito na capital. Ele recorda que, durante seu mandato como prefeito, conseguiu a implantação e duplicação da Avenida das Torres e a construção de 10 km do Rodoanel, mas frisa que ainda há necessidade de investir em mais vias.

“Desde então, não houve a construção de novas avenidas. Cuiabá precisa de vias comparáveis à Avenida das Torres. Embora o BRT seja uma proposta sustentável, não eliminará os congestionamentos em diversos bairros, especialmente nos horários de pico. Bairros como Barbado, Tancredo Neves, Dante de Oliveira, Miguel Sutil, Jornalista Alves de Oliveira e Afonso Pena enfrentam engarrafamentos diários”, afirmou.

O deputado também enfatiza que as administrações municipal e estadual devem ter uma visão mais ampla e apresentar um plano viário eficaz que atenda toda a região metropolitana, incluindo Várzea Grande.

“Nossos líderes estão concentrados apenas no BRT e VLT, mas até agora não completaram nenhum dos projetos. Enquanto isso, a região metropolitana possui cerca de um milhão de habitantes e mais de 500 mil veículos. Muitas pessoas nem utilizam a Avenida da Prainha, evidenciando que o BRT não será a solução para todos. A mobilidade urbana é um desafio complexo que vai além de um único modo de transporte”, observou.

Desde 2014, Cuiabá enfrenta as consequências das obras inacabadas do VLT, que foi inicialmente projetado para a Copa do Mundo. O projeto, que recebeu R$ 1 bilhão em investimentos, foi paralisado devido a suspeitas de irregularidades na licitação. Em 2022, o Governo de Mato Grosso decidiu substituir o VLT pelo BRT, visando reduzir custos e minimizar os danos decorrentes da não conclusão do projeto original.

Recentemente, o Consórcio BRT rescindiu o contrato com o Estado e se comprometeu a concluir apenas o trecho da Avenida CPA até a Avenida Historiador Rubens de Mendonça, próximo ao CREA, com previsão de entrega até agosto de 2025.

Redação JA/ Foto: reprodução