Secretário de Fazenda de MT Rogério Gallo participa de missão ao Canadá para subsidiar melhorias na Reforma Tributária

Secretário de Fazenda de MT Rogério Gallo participa de missão ao Canadá para subsidiar melhorias na Reforma Tributária

Nesta quarta-feira, teve início em Ottawa a missão do Comsefaz ao Canadá, organizada pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

O propósito da missão é aprofundar o diálogo sobre o modelo canadense de IVA dual, que é amplamente reconhecido como uma referência internacional em tributação sobre consumo. Secretários e equipes técnicas das Fazendas estaduais terão a oportunidade de aprender diretamente com a experiência do Canadá em gestão compartilhada do imposto, coordenação federativa e alocação de receitas.

A agenda incluirá discussões sobre temas como tributação no destino, economia digital, mecanismos de cobrança, a estrutura legal do sistema canadense e os desafios das operações interestaduais e interprovinciais.

Estou representando o estado de Mato Grosso nesta delegação, ao lado de secretários e subsecretários de todo o país. Esta missão será crucial para auxiliar na implementação do IBS no Brasil e preparar estados e municípios para o novo modelo tributário.

Continuamos a trabalhar para garantir que Mato Grosso esteja bem preparado para essa transição significativa.

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, integrou a comitiva do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) que participou, entre os dias 18 e 21 de novembro, de uma missão oficial ao Canadá para conhecer de perto o modelo de tributação do consumo adotado no país, referência internacional na implantação do IVA dual (Imposto Sobre Valor Agregado).

Secretário de Fazenda de MT Rogério Gallo participa de missão ao Canadá para subsidiar melhorias na Reforma Tributária

A agenda ocorreu no Departamento de Finanças do Canadá, em Ottawa, e reuniu representantes de 15 estados das cinco regiões do país.

A Reforma Tributária brasileira, que está em fase de implantação no país, adota um modelo semelhante do IVA dual. Com ele, cinco tributos atuais – IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS – serão extintos para a criação de outros dois (IBS – estados e municípios, e CBS – União), além da criação de um Imposto Seletivo (IS – também da União). Essa mudança vai exigir uma reestruturação das administrações tributárias e dos processos de arrecadação.

Com apoio do Global Affairs Canada (GAC) e da Embaixada do Brasil no Canadá, a comitiva brasileira acompanhou apresentações e debates sobre o funcionamento do GST (tributo federal) e do PST/HST (tributos provinciais). O modelo canadense combina padronização tributária com autonomia das províncias, que podem escolher aderir ao IVA harmonizado ou manter sistemas próprios.

De acordo com o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, a missão evidenciou a maturidade da relação federativa no país.

“O que ficou claro é que há um respeito muito grande entre as províncias, que são análogas aos nossos estados. E o governo do Canadá representa a União. Eles têm um IBS (chamado GST), que foi criado com IVA dual, assim como nós criamos o nosso no Brasil. Há um relacionamento de delegação de parte à parte. Temos muito o que aprender no Brasil em relação a isso, ou seja, aprender sobre nosso relacionamento entre estados, municípios e União”, disse.

Durante a programação, o grupo conheceu a realidade da estrutura e legislação tributária do Canadá, além do modelo adotado pelo país em relação aos serviços financeiros. A delegação brasileira também participou de debates focados em abordagens sobre questões imobiliárias, legislativas, conformidade, de verificação e cobrança, além de uma visão geral sobre a resolução de conflitos e disputas, incluindo processos de reparação e gestão de riscos.

A missão ao Canadá faz parte do processo de preparação dos estados brasileiros para a implementação da reforma tributária e para a instalação do Comitê Gestor do IBS, responsável pela administração do novo imposto sobre o consumo. O objetivo é garantir que as experiências internacionais contribuam para um modelo brasileiro mais simples, cooperativo e eficiente.

Ao final da agenda, os representantes avaliaram que a experiência canadense reforça a importância de integração federativa, regras claras e infraestrutura tecnológica robusta, elementos essenciais para o sucesso do novo sistema tributário brasileiro.

 

Redação JA / Foto: divulgação

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