Em Paris na cerimônia da OMSA, Mato Grosso recebe certificação de zona livre de aftosa sem vacinação

Em Paris na cerimônia da OMSA, Mato Grosso recebe certificação de zona livre de aftosa sem vacinação

Na 92ª Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Mato Grosso recebeu a certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação, o mais alto status sanitário global para bovinos, bubalinos e suínos. A comitiva mato-grossense, liderada pelo vice-governador Otaviano Pivetta, comemorou essa conquista, esperada por décadas, na cerimônia oficial realizada em Paris, França, na quinta-feira (29).

Essa certificação é o resultado de mais de 40 anos de esforços técnicos e políticos, com ênfase nos investimentos recentes da atual gestão estadual, que aplicou mais de R$ 100 milhões nos últimos cinco anos em infraestrutura, pessoal e modernização do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Esses recursos, provenientes tanto de fontes públicas quanto privadas, possibilitaram a realização de concursos, capacitações, reformas em escritórios e unidades regionais, assegurando a segurança necessária para o fim da vacinação obrigatória.

“Agora é oficial: Mato Grosso está livre de aftosa sem vacinação. Estamos aqui com a comitiva do vice-governador Otaviano Pivetta, representantes do setor produtivo e nossos técnicos do Indea. Essa conquista é o reconhecimento de um trabalho coletivo ao longo dos anos. Somente nos últimos cinco anos, o governo do estado investiu mais de R$ 100 milhões, com concursos, capacitações e reformas, além da aquisição de veículos. É um esforço conjunto entre a iniciativa privada e o governo que nos trouxe a este momento de grande alegria”, afirmou César Miranda, secretário de Desenvolvimento Econômico.

O vice-governador Otaviano Pivetta destacou que a entrega do certificado representa um marco histórico para o agronegócio brasileiro, evidenciando o papel de Mato Grosso, que possui o maior rebanho bovino do país, com 33 milhões de cabeças. Essa conquista deve facilitar o acesso do estado a mercados internacionais mais exigentes, especialmente na Ásia, onde as exportações de carne bovina totalizaram US$ 2,1 bilhões em 2023.

“Estamos prontos para ajudar a alimentar o mundo com qualidade e segurança. Esta certificação coroa todo o trabalho realizado e abre portas para que o Brasil, com sua vocação natural para a produção, possa vender produtos de maior qualidade e valor agregado. Essa conquista é fruto de décadas de esforço por parte de nossos técnicos e estados que cuidaram da sanidade animal. Agora, precisamos manter esse status, o que é um desafio para que o Brasil continue a ser um grande produtor de bovinos”, declarou Pivetta.

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressaltou a importância dos produtores, especialmente os pecuaristas, na conquista deste status.

“Hoje é um dia de celebração para nós, produtores rurais. Parabéns aos pecuaristas que cumpriram sua parte. Esse reconhecimento eleva o status do Brasil a livre de aftosa sem vacinação, motivo de orgulho para todos nós. Agora, é essencial manter esse padrão, com o apoio dos técnicos que nos orientarão para conquistar novos mercados internacionais.”

O certificado concedido pela OMSA representa uma transformação iniciada nos anos 1970, quando a febre aftosa era uma ameaça constante ao rebanho do estado. Desde o último foco registrado em 1996, Mato Grosso avançou com campanhas de vacinação, fortalecimento institucional e vigilância sanitária. Esta nova certificação substitui o status de zona livre com vacinação, obtido em 2001, e simboliza uma conquista coletiva de produtores, entidades e do poder público, que agora devem trabalhar para manter o padrão sanitário alcançado e expandir os mercados internacionais.

 

Redação JA/ Foto: Secom-MT

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