Coletivo de Funcionários do Sintep-MT debatem sobrecarga de trabalho e desmonte da carreira

Coletivo de Funcionários do Sintep-MT debatem sobrecarga de trabalho e desmonte da carreira

O coletivo de funcionários do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) debateu em reunião realizada sábado (15/02), encaminhamentos para enfrentamentos à sobrecarga de trabalho demandadas pela Secretaria de Estado de Educação. Os debates no coletivo ainda apresentaram a urgência de agenda de reuniões por segmento de funcionários (TAE/Secretaria; AAE/Nutrição/Infraestrutura), para tratar pautas específicas.

Conforme o secretário de Funcionários do Sintep-MT, Klebis Marciano, que coordenou a reunião hibrida do coletivo, o que se percebe é que o governo está provocando o adoecimento dos trabalhadores efetivos, com o objetivo de implantar a terceirização. As denúncias feitas ao Sintep-MT, apontava a manobra realizada nas portarias de atribuição de cargos e funções, que promoveu o aumento, de 200 para 250 estudantes, para cada merendeira.

Nutrição Escolar

Essa profissional é responsável por higienizar os alimentos, prepará-los, servir e depois fazer a limpeza da cozinha, do refeitório e das panelas, utensílios extremamente pesados”, ressalta o dirigente.

Entre os relatos há queixas de que a sobrecarga de trabalho impede até mesmo que consigam beber água ou ir ao banheiro com a regularidade necessária. O adoecimento físico devido ao peso das panelas e outros decorrentes do estresse, são agravados ainda pelo fato de que o afastamento ou o atestado implica na perda da Gratificação por Resultados.

Vigias

O desmonte da carreira tem sido evidente na gestão Mauro Mendes, desde a tentativa de acabar com a função AAE/Vigia. Após o fim da oferta de aulas no período noturno, em grande parte das unidades escolares, muitos vigias estão sendo deslocados para atuar em funções não previstas em legislação própria, como fazer a infraestrutura dos prédios e outras atividades.

 SINTEP-MT

Sintep-MT

Os profissionais apresentaram as defesas do segmento, destacando os desafios apresentando no desmonte promovido pela Seduc-MT

Infraestrutura

As funcionárias da limpeza se queixam da falta de EPI ‘s (equipamentos de proteção individual), além das dimensões estabelecidas no processo de atribuição. São 600m² para uma funcionária, em se tratando da demanda de serviço. Em muitas unidades parte dos ambientes (quadra, áreas comuns) não são previstas no processo de atribuição, mas necessitam de limpeza.

TAE

O desmonte não é menor com os profissionais técnicos, que atuam nas secretarias das escolas. O quadro também foi reduzido, além de atribuir aos funcionários das secretarias escolares, a tarefa de cuidar das bibliotecas e laboratórios, função dos TAE/Multimeios Didáticos. “Um técnico em escolas grandes não dá conta de fazer o atendimento ao público organizar as documentações e registros”, relata o próprio dirigente, TAE na rede estadual.

Segundo Klebis, a situação é ainda mais grave em escolas cujo o quadro de funcionários tem a  maioria está em contratos precários.

O debate do coletivo contou com a participação do professor aposentado, doutor em Educação, João Monlevade, um estudioso sobre os funcionários de escola e mentor de políticas para o segmento, entre as quais o Profuncionário (curso profissionalizante).
Fonte: Assessoria Sintep-MT

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