90% dos líderes de facções criminosas em MT estão presos, afirma promotor que critica leis no sistema prisional

90% dos líderes de facções criminosas em MT estão presos, afirma promotor que critica leis no sistema prisional

Em uma entrevista à rádio Cultura FM na manhã desta quinta-feira (30), o promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, abordou o uso de tecnologias no combate às facções criminosas e refutou a ideia de que estas não estão sendo devidamente enfrentadas.

De acordo com Alves, há um entendimento incorreto por parte do público e de algumas autoridades sobre as ações do Gaeco. Ele ressaltou que, atualmente, 90% dos líderes das organizações criminosas em Mato Grosso estão encarcerados. “A questão não reside na investigação ou na persecução penal, mas sim nas falhas do sistema prisional, que permite que essas pessoas emitam ordens mesmo de dentro da prisão”, explicou.

O promotor destacou que o Gaeco tem investido significativamente em tecnologia para otimizar suas investigações. “Neste ano, a inteligência artificial será uma ferramenta constante em nossas operações. Estamos desenvolvendo softwares e programas que nos ajudarão. O uso da IA torna nossas investigações mais precisas e ágeis”, afirmou.

Sobre o aumento da criminalidade no estado, Alves mencionou que a percepção sobre o combate às facções está distorcida. Ele enfatizou a necessidade de uma reforma na legislação, propondo penas mais severas para os integrantes de organizações criminosas. “É fundamental revisar a legislação para que possamos avançar na luta contra essas facções por meio de um código específico”, sugeriu.

Além disso, o promotor ressaltou a importância de encorajar a população a denunciar crimes, assegurando que o anonimato dos denunciantes será sempre protegido. “Quem estiver sendo extorquido por facções não deve hesitar em procurar o Ministério Público. Garantimos a preservação da identidade das vítimas. Em breve, intensificaremos as operações contra esses crimes de extorsão”, concluiu Adriano Roberto Alves.

Redação JA/ Foto: reprodução

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