“Vamos agir se for preciso” diz Max Russi, sobre investigação do escândalo dos consignados em MT, caso TCE não concluir investigação

"Vamos agir se for preciso" diz Max Russi, sobre investigação do escândalo dos consignados em MT, caso TCE não concluir investigação

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), declarou esta semana que o Parlamento estadual poderá assumir as investigações sobre o escândalo relacionado a empréstimos consignados a servidores públicos, caso o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) decida interromper a apuração técnica iniciada em maio.

“Se o Tribunal de Contas abrir mão dessa responsabilidade, a Assembleia realizará a investigação”, afirmou Russi, ressaltando que está monitorando de perto os trabalhos da equipe técnica do TCE. Ele expressou confiança no trabalho dos conselheiros e auditores, mas afirmou que o Legislativo está preparado para agir, se necessário.

Essa declaração ocorre em um momento de pressão de parlamentares que estão coletando assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os empréstimos consignados. Porém, Max Russi rejeita a ideia de que a Assembleia esteja se omitindo, enfatizando que há uma colaboração efetiva com o Tribunal de Contas.

“Confiamos que o Tribunal de Contas, a Polícia Civil e o Ministério Público conduzam essa investigação, identifiquem os responsáveis e, se houver irregularidades, avaliem a extensão delas”, acrescentou o presidente da ALMT.

Ele também reconheceu que a formação de uma CPI demandaria reforço técnico. Atualmente, a Assembleia não dispõe de uma equipe especializada em auditorias financeiras para lidar com a complexidade do caso. “O TCE possui auditores e técnicos qualificados, enquanto a Assembleia carece desse tipo de pessoal. Se necessário, requisitaremos delegados e auditores do TCE”, explicou.

O escândalo dos consignados levanta suspeitas de irregularidades em empréstimos feitos por empresas conveniadas ao Estado, após a Controladoria Geral do Estado (CGE) identificar inconsistências entre os valores contratados e os efetivamente depositados nas contas dos servidores.

Em resposta a essa crise, a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) suspendeu novas operações e descontos em folha de cinco empresas: Capital Consig, Cartos, BemCartões, ClickBank e ABCCARD Cartões. Além disso, uma força-tarefa foi criada para aprofundar as investigações.

Como parte da resposta, o Governo do Estado enviou à Assembleia um projeto de lei que estabelece um limite de até 35% da remuneração líquida mensal dos servidores para empréstimos consignados, além de proibir a cobrança de taxas e tarifas de consignação pelo poder público.

Max Russi reiterou que a Assembleia está pronta para exercer seu papel de fiscalização caso o TCE indique incapacidade de concluir o processo. “É recurso público, portanto cabe ao Tribunal e à Assembleia investigar”, finalizou.

Redação JA/ Foto: reprodução

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