Senadora Buzetti criticou o Bolsa Família, isso desestimula beneficiários em busca por emprego “ninguém quer trabalhar”

Senadora Buzetti criticou o Bolsa Família, isso desestimula beneficiários em busca por emprego “ninguém quer trabalhar"

A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) renovou suas críticas ao atual modelo dos programas sociais do governo federal, especialmente o Bolsa Família. Ela argumenta que a estrutura vigente da política de transferência de renda tem gerado barreiras à inserção dos beneficiários no mercado de trabalho formal, o que desestimula a busca por empregos com carteira assinada.

Em uma entrevista, Buzetti compartilhou as dificuldades que empresários enfrentam ao tentar contratar mão de obra, explicando que muitas pessoas preferem continuar recebendo o benefício a arriscar-se em um emprego formal. “Atualmente, não consigo encontrar trabalhadores para contratar, pois todos estão no Bolsa Família”, declarou.

A senadora enfatizou a necessidade urgente de reestruturar as regras do programa, permitindo que os beneficiários possam ser contratados formalmente sem imediata perda do auxílio. Ela criticou soluções como a proposta de manter o benefício por apenas três meses após a entrada no trabalho formal, defendendo uma abordagem mais direta: permitir o acesso ao mercado de trabalho sem punições.

“Deixe-os trabalhar com carteira assinada, é simples. Assim, eles contribuirão para a Previdência, aumentarão o consumo e movimentarão a economia. O aspecto social é fundamental, mas o crescimento do país deve se basear na geração de renda e empregos. Com a situação atual, isso não é viável”, avaliou.

Buzetti defende que o governo federal implemente medidas mais eficazes para incentivar a formalização do trabalho e minimizar a dependência de programas assistenciais. Para ela, a possibilidade de transitar entre o auxílio e o mercado de trabalho sem perder benefícios seria uma estratégia mais inteligente para fortalecer a economia nacional.

A reportagem do Jornal Advogado,  apurou em converso com alguns CIo de empresas no mercado de trabalho que alencou algumas  alternativas para reformular o Bolsa Família e aprimorar os programas de transferência de renda geralmente buscam melhorar a eficiência, ampliar o alcance e incentivar a inserção dos beneficiários no mercado de trabalho. Aqui estão algumas sugestões que têm sido discutidas:

  1. Liberação do Trabalho Formal: Permitir que beneficiários do Bolsa Família possam trabalhar formalmente sem o risco imediato de perder o benefício. Isso inclui a possibilidade de acumular o auxílio enquanto estão empregados.
  2. Transição Gradual de Benefícios: Implementar um sistema que reduza os benefícios de forma gradual conforme a renda do beneficiário aumenta, incentivando a busca por empregos sem a preocupação da perda abrupta do auxílio.
  3. Programas de Capacitação: Oferecer cursos e treinamentos profissionais para os beneficiários, ajudando-os a adquirir novas habilidades e facilitar a inserção no mercado de trabalho.
  4. Incentivos para Empregadores: Criar incentivos fiscais ou subsídios para empresas que contratem beneficiários do Bolsa Família, tornando a contratação mais atrativa.
  5. Aumento dos Valores do Benefício: Revisar e atualizar os valores dos benefícios para garantir que cobram as necessidades básicas e incentivem a saída da pobreza.
  6. Monitoramento e Avaliação Contínua: Implantar um sistema de monitoramento para avaliar a eficácia do programa e fazer ajustes conforme necessário, assegurando que atenda às necessidades reais dos beneficiários.
  7. Integração com Outros Serviços: Integrar o Bolsa Família com programas de saúde, educação e assistência social para fornecer uma abordagem holística para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.
  8. Apoio ao Empreendedorismo: Oferecer microcréditos e suporte para aqueles que desejam iniciar pequenos negócios, possibilitando que saiam da condição de dependência do auxílio.

Essas alternativas visam não apenas apoiar as famílias em situação de vulnerabilidade, mas também fomentar um ambiente que promova a autossuficiência e a inclusão no mercado de trabalho. Diz CEO do mercado de trabalho Marco Vertente.

Redação JA / Foto: reprodução

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *