PROJETOS ATOLADOS: Governador afirma que legislação no Brasil tem privilegiado a burocracia e não o meio ambiente

O governador Mauro Mendes afirmou que a legislação ambiental atual no Brasil prioriza a burocracia em detrimento da proteção ambiental.

Mauro participou, nesta quinta-feira (29/5), em São Paulo, do 8º CAMBI – Congresso Ambiental VIEX, e da celebração dos 40 anos da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

Segundo o governador, projetos essenciais para o desenvolvimento do país, como a Ferrogrão, ficam paralisados por longos períodos devido à complexidade das leis ambientais brasileiras.

“A Ferrogrão é apenas um exemplo entre muitos projetos importantes que estão atolados na burocracia. As leis muitas vezes favorecem a burocracia em vez de proteger o meio ambiente e os interesses da população brasileira”, destacou.

Mauro salientou que a Ferrogrão, que conectaria as áreas produtoras de grãos do Mato Grosso aos portos do Arco Norte no Pará, seria uma alternativa mais sustentável em comparação ao transporte atual, que é feito por caminhões poluentes.

“É incompreensível que haja resistência à construção de uma ferrovia, que tornaria nossos modais econômicos mais competitivos e ajudaria a reduzir as emissões de carbono”, disse.

Ele também mencionou a lentidão na concessão de licença para a exploração de uma mina de potássio no Amazonas.

“Observamos ações que impediram, por 15 anos, o licenciamento dessa mina, que ocuparia apenas 4 ou 5 campos de futebol, mas que poderia fornecer 50% do potássio que importamos, essencial para o setor agrícola, o mais importante do Brasil. É crucial que nós, brasileiros, mais do que qualquer ONG ou instituição estrangeira, queiramos preservar nossos ativos ambientais”, afirmou.

A presidente da Abema e secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, ressaltou que tanto Mato Grosso quanto Goiás têm sido exemplos de como unir preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

“Esses estados são reconhecidos por sua capacidade de produção e conservação. O que se pode perceber é o compromisso em cuidar do meio ambiente, ao mesmo tempo que se garante condições dignas para as populações que habitam esses biomas”, concluiu.