PLANO SAFRA: Fávaro afirmou que a FPA se tornou uma frente parlamentar oposicionista e que governo editou Medida Provisória para liberar crédito

Fávaro comunica deixar Ministério da Agricultura caso governo decida taxar exportações de carne e outros

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a maior bancada do Congresso Nacional, se reúne nesta terça-feira (25) para discutir um possível rompimento político com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD).

Essa situação surge devido ao conflito entre a bancada e Fávaro a respeito da suspensão, na semana passada, das linhas de crédito subvencionadas do Plano Safra 2024/2025, decisão tomada pela Secretaria do Tesouro do Ministério da Fazenda.

Tanto a FPA quanto a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) criticaram essa medida, gerando uma resposta do ministro.

Em entrevista ao programa WW da CNN na sexta-feira (21), Fávaro afirmou que a FPA se tornou uma frente parlamentar oposicionista.

Em resposta, o governo editou uma Medida Provisória para liberar crédito extraordinário para o Plano.

No entanto, deputados e senadores da bancada acreditam que a reação do ministro ultrapassou “limites razoáveis”, conforme uma fonte.

Além disso, há uma percepção dentro da bancada de que Fávaro não está no centro das decisões importantes para o setor, e o episódio do Plano Safra evidenciou essa questão. Esses elementos geraram um debate interno sobre a possibilidade de um rompimento político entre a FPA e o ministro.

“O ministro Fávaro está focado no ministério, enquanto nós da FPA nos dedicamos ao agro. Isso está claro, e vamos deixar isso evidente em nossa manifestação nesta terça-feira. Também deixaremos claro que a FPA não aprovou a interrupção do Plano Safra pelo governo, mas celebra sua retomada e continuará dialogando sobre o Plano Safra e outros assuntos do setor com o Palácio do Planalto”, afirmou à CNN o vice-presidente da FPA, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

A intenção é que, daqui em diante, a bancada trate das questões do setor com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Redação JA/ Foto: reprodução

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