Operação Acqua Ilícita: Mulher denuncia Gaeco de execução e afirma que o marido não resistiu à abordagem

Operação Acqua Ilícita: Mulher denuncia Gaeco de execução e afirma que o marido não resistiu à abordagem

A esposa de Gilmar Machado da Costa, que faleceu durante a Operação Acqua Ilícita, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quinta-feira (21) em Cuiabá, publicou um vídeo nas redes sociais refutando a afirmação de que seu marido estava armado ou que ofereceu resistência à abordagem policial.

Ela contou que a família foi pega de surpresa quando a polícia invadiu a casa por volta das 6 horas da manhã. “Hoje foi um dos piores pesadelos da minha vida. Meu marido estava dormindo ao meu lado quando os policiais entraram e nos abordaram”, relatou.

A mulher também mencionou que seu sobrinho foi acordado de maneira brusca e, em seguida, ouviu seis disparos. “Ele não resistiu, não estava armado. Foi uma execução”, assegurou.

Ela destacou que sempre se fala em troca de tiros, com a polícia colocando uma arma na mão de inocentes para justificar a ação. “Essa não é a verdade”, afirmou.

Além disso, ela afirmou ter vídeos gravados por pessoas que mostram o que ocorreu. “A parede do meu quarto está repleta de marcas de bala. Ele estava encostado, sem chance de se defender”, denunciou.

“Meu marido era meu alicerce, meu apoio, meu amigo. Ele tinha um coração generoso. Sim, ele cometeu erros, mas não merecia morrer dessa maneira. Peço força, pois não sei como seguir em frente”, desabafou.

Até o momento, o Gaeco não se pronunciou oficialmente sobre as alegações feitas.

Outro indivíduo identificado como Fábio Júnior Batista Pires também perdeu a vida durante a operação.

A operação

A Acqua Ilícita teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa dedicada à extorsão e lavagem de dinheiro, liderada por distribuidores de água mineral associados a membros do Comando Vermelho.

De acordo com o Gaeco, esses distribuidores estavam coagindo comerciantes em Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop.

A operação foi marcada pelo cumprimento de 55 mandados de busca e apreensão em domicílios, 12 mandados de prisão preventiva, além do sequestro de 33 veículos e o bloqueio de 42 contas bancárias de pessoas e empresas envolvidas nas investigações.

Ainda na mesma data, a Polícia Civil conduziu uma operação em Cuiabá e Várzea Grande com um enfoque similar, embora com alvos distintos.

 

Redação JA / Foto: reprodução

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