O MELHOR DO BRASIL: Pixinguinha e Lupicínio são escolhidos Patronos da Música Popular Brasileira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (11/9) a Lei 15.204/2025, que concede aos compositores Lupicínio Rodrigues e Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, o título de Patronos da Música Popular Brasileira.

Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues são personagens centrais na formação da identidade musical brasileira. Pixinguinha foi um dos pioneiros do choro e um dos responsáveis pela modernização da música popular no Brasil, com harmonias sofisticadas e influências afro-brasileiras, sendo um dos pilares da música instrumental no país. Já Lupicínio foi um mestre do samba-canção, um craque daquilo que se convencionou chamar de “música de dor-de-cotovelo”, com letras intensas sobre amor e sofrimento.

Nascido no Rio de Janeiro, no dia 23 de abril de 1897, Pixinguinha dominava instrumentos como a flauta e o saxofone, além de se destacar como arranjador, compositor e maestro. Sua formação musical combinava elementos da tradição europeia com ritmos africanos e populares brasileiros, o que viria a marcar profundamente sua obra. Suas composições, como “Carinhoso”, “Um a Zero” e “Sofres Porque Queres”, tornaram-se clássicos incontornáveis da música brasileira, atravessando gerações e influenciando músicos de diversos estilos. Ele morreu em 17 de fevereiro de 1973.

Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, no dia 16 de setembro de 1914. Autor de sucessos como “Vingança”, “Nervos de Aço”, “Felicidade”, “Esses Moços (Pobres Moços)” e “Volta”, que foram gravados por grandes intérpretes da música brasileira, ele tinha um talento soberbo para traduzir dramas amorosos em letras diretas e melodias marcantes, consagrando-se como um dos maiores cronistas sentimentais do Brasil.

Além das canções que falam despudoradamente das dores do amor, Lupicínio compôs músicas de diversos outros estilos, sempre com grande apelo popular. Uma de suas criações mais lembradas é o hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, clube do qual era torcedor apaixonado. Ele morreu pouco mais de um ano depois de Pixinguinha, no dia 27 de agosto de 1974.

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Fonte: Conjur/ Foto: reprodução