Líder da facção em MT preso em Niterói (RJ), possui diversas passagens criminais por tráfico de drogas, receptação, extorsão e organização criminosa.

Líder da facção em MT preso em Niterói (RJ), possui diversas passagens criminais por tráfico de drogas, receptação, extorsão e organização criminosa.

O homem identificado como o líder do esquema de jogos de azar desmantelado pela Operação Raspadinha do Crime, realizada nesta terça-feira (14), é Ederson Xavier de Lima, de 43 anos, conhecido como “Boré”. Ele foi capturado no dia 28 de setembro enquanto estava em uma praia em Niterói (RJ).

De acordo com a Polícia Civil, a exploração ilegal era conduzida pela facção criminosa em mais de 20 cidades de Mato Grosso. Em um período de apenas seis meses, o grupo teria movimentado mais de R$ 3 milhões através dos jogos.

Ederson é considerado o chefe da facção no estado e possui um extenso histórico criminal, incluindo delitos como tráfico de drogas, receptação, extorsão e organização criminosa.

Ele tinha um mandado de prisão emitido pela 13ª Vara Criminal de Cuiabá e, durante sua captura, apresentou um documento falso. Sua prisão foi resultado de uma investigação colaborativa e troca de informações entre a Polícia Civil de Mato Grosso — via GCCO e Draco — e o Departamento Geral de Polícia da Capital do Rio de Janeiro (DGPC/1ª DP).

Após cinco dias de monitoramento, ele foi localizado e preso na praia em Niterói, acompanhado de dois comparsas que também foram detidos por uso de documentos falsos e receptação.

A Operação

Uma análise do material apreendido durante uma operação realizada em maio deste ano revelou a presença de uma rede organizada operando um falso negócio de raspadinhas instantâneas.

Por trás da fachada de legalidade, a Polícia Civil descobriu uma estrutura criminosa complexa, com planejamento empresarial, hierarquia e funções bem definidas. O jogo servia como um disfarce para lavagem de dinheiro e financiamento das atividades da facção, que buscava novas fontes de arrecadação além do tráfico e da extorsão.

A estrutura da empresa era dividida em três níveis operacionais. No topo, o núcleo estratégico, com sede em Cuiabá, coordenava as ações financeiras e definia as diretrizes da operação. Abaixo, o núcleo financeiro cuidava de contas bancárias de fachada, movimentando grandes quantias e redistribuindo recursos para várias regiões do estado.

O núcleo operacional, presente em mais de 20 cidades, era composto por representantes locais responsáveis pela distribuição de bilhetes, coleta de valores e controle da contabilidade das vendas. Todo o sistema foi projetado para garantir o anonimato da facção e ocultar a origem do dinheiro.

Na operação, foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 54 mandados de busca e apreensão, 11 ordens de bloqueio, além de 25 quebras de sigilo bancário e telemático, resultando no sequestro de valores que ultrapassam R$ 1,1 milhão. Essas ordens foram emitidas pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop.

Redação JA / Foto: reprodução PC

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