Imac contribui na habilitação de frigoríficos para exportar carne bovina

Imac contribui na habilitação de frigoríficos para exportar carne bovina

Mato Grosso atingiu um número histórico de frigoríficos habilitados para exportar carne bovina ao país asiático. Seis novas plantas foram habilitadas no estado recentemente, o que equivale a 25% do total de unidades brasileiras contempladas. Outras sete plantas frigoríficas já comercializavam carne bovina com os chineses. Grande parte desta conquista é resultado do trabalho que o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) promove junto aos mercados internacionais, especificamente o chinês.

“Ações internacionais promovidas pelo Imac tendem a fortalecer ainda mais os laços entre parceiros comerciais. Há anos, participamos de feiras de negócios em diversos países mostrando a potencialidade na produção da carne bovina de alta qualidade de Mato Grosso”, destacou a diretora executiva do Imac, Paula Queiroz.

Protagonista nesta aproximação comercial, o Imac tem realizado ações internacionais como a Missão China. As atividades são voltadas à divulgação da cadeia da carne bovina sustentável de Mato Grosso junto às empresas e representações provinciais na Ásia, o que resulta no estreitamento da comunicação de novos investidores.

“Em 2023, recebemos comitivas chinesas em Mato Grosso. Esses grupos tiveram a oportunidade de visitar os principais frigoríficos mato-grossenses. Os chineses conheceram de perto mais sobre a produção da cadeia de carne no estado, que é referência internacional”, afirmou Bruno Andrade, diretor técnico operacional do Imac.

Mato Grosso tem grande potencial para atender a demanda asiática, com rebanho comercial de pouco mais de 34 milhões de cabeças de gado e abate de bovinos em torno de 6 milhões de animais (ano 2023). As novas habilitações no estado irão trazer grandes benefícios econômicos. De acordo com o Bruno Andrade, há uma grande possibilidade do estado aumentar sua venda de carne para a China.

“Resultaria em um maior volume de carne destinada para fora do Brasil o que aumenta a competitividade para o setor e consequentemente pode melhorar os preços para a cadeia produtiva”, pontuou.

Negociações mato-grossense

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os frigoríficos habilitados em Mato Grosso estão localizados nos municípios de Colíder, Várzea Grande, Diamantino, Confresa, Alta Floresta e Pontes e Lacerda. Todas essas plantas trabalham apenas com carne bovina.

Em 2023, comitivas chinesas foram recebidas e acompanhadas em Mato Grosso pelo Imac. Uma delas, a companhia chinesa Sinomach Hainan Development, esteve em Cuiabá e visitou o Frigorífico Sul – Frigosul instalado em Várzea Grande. O grupo sinalizou interesse em negociar carne bovina produzida pela planta.

“É uma grande oportunidade e anseio de todos os frigoríficos poderem habilitar suas unidades para exportação, porque garante empregos e gera divisas para o Estado. É muito importante a abertura do mercado principalmente para a China”, destacou – na época – o gerente administrativo, Jorge Brandão.

Também em 2023, o Imac organizou reuniões da Optimize Integration Group – OIG, com representantes da indústria frigorífica mato-grossense. Essas interações contribuíram para que Mato Grosso pudesse se destacar.

Regiões novas

Com as novas habilitações, frigoríficos de Mato Grosso têm a oportunidade de expandir o mercado e fomentar a economia onde a indústria está instalada. A expectativa é no aumento do abate, o giro de recursos financeiros no município e a contratação de empregos.

Instalada no município de Alta Floresta -MT, a Fazenda Tambatajá possui um sistema de recria e engorda de gado. A propriedade é responsável pelo abate de cerca de 1.600 animais por ano. O frigorífico para onde é destinada quase toda a produção é um dos novos habilitados para exportação asiática.

Para o administrador da Tambatajá, o médico veterinário Silvio Adami, a habilitação do frigorífico de Alta Floresta irá gerar uma valorização da arroba do boi na região. A fazenda já engorda animais e os envia para abate com menos de 30 meses de idade, um dos requisitos que o mercado chinês exige.

“A fazenda tinha uma dificuldade de colocar esses animais no mercado em consequência de não ter um frigorífico nas proximidades habilitado para a China. Com essa autorização, a expectativa é que a fazenda tenha uma opção a mais para escoar o gado nos padrões chineses exigidos, alcançando através disso mais valor agregado na nossa arroba produzida”, disse.

Exportações brasileiras

Conforme a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC), foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos, algo inédito com o comércio da China, dos quais um é de bovino, três de frango e um de suíno.

A previsão do governo brasileiro é que as novas habilitações gerem R$ 10 bilhões adicionais à balança comercial.

Fonte: Crop AgroComunicação/ Foto: divulgação

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