Fávaro comunica deixar Ministério da Agricultura caso governo decida taxar exportações de carne e outros

Ele expressou a seus assessores que está aumentando a pressão tanto internamente quanto na bancada do PT no Congresso, com demandas por impostos ou cotas para exportação de carnes e outros produtos alimentícios.

Apesar das tensões entre o agronegócio e o governo Lula, Fávaro tem se mantido leal à administração petista. No entanto, ele deixou claro que não aceitará esse tipo de abordagem.

Recentemente, o aumento dos preços dos alimentos foi discutido no gabinete presidencial e na Casa Civil no início do ano. Após uma diminuição nas tensões, a situação voltou a ser problemática, especialmente em função da suspensão das linhas de crédito subsidiadas do Plano Safra.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) criticaram essa decisão, levando Fávaro a se manifestar. Em entrevista ao programa WW da CNN, realizada na sexta-feira (21), ele afirmou que a FPA se transformou em uma frente de oposição.

Na última segunda-feira (24), o governo federal publicou uma medida provisória (MP) que destina R$ 4,1 bilhões para garantir as contratações de crédito do Plano Safra 2024-2025, buscando solucionar a situação.

Contudo, essa medida não muda a postura de Fávaro. Ele afirma que não aceitará, sob nenhuma circunstância, a implementação de impostos sobre exportações ou cotas para produtos como soja, milho, carne e etanol.