FALTA GERENCIA : Abilio Brinini flagra lotação e aparelhos parados no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) – Jornal Advogado

Na tarde da última quinta-feira (12), o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) realizou uma visita ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e constatou uma unidade superlotada, com equipamentos parados devido à falta de manutenção e descaso com os pacientes. A inspeção, que durou cerca de duas horas, contou com a presença da futura secretária de Saúde, a médica Lucia Helena Sampaio, do promotor de Justiça Milton Bastos e do atual secretário da pasta, Deiver Teixeira. A assessoria de Abilio registrou imagens da visita.

Durante o percurso, Abilio percorreu os corredores de atendimento, as alas de internação e as áreas administrativas do hospital. Ele observou pilhas de prontuários acumulados e equipamentos, como raios-X e arcos cirúrgicos, abandonados.

“Estamos falando de 12 cirurgias diárias. É um hospital que custa muito, mas está lotado. As UPAs também estão cheias por causa disso. Entre 60% e 70% dos atendimentos são de ortopedia, mas apenas dois médicos estão disponíveis para realizar as cirurgias”, afirmou Abilio. “Diante da alta demanda, é necessário aumentar a capacidade cirúrgica e contar com mais ortopedistas, talvez de seis a oito”.

Em entrevista após a visita a imprensa que aguardaram do lado de fora do (HMC), Abilio relatou ter conversado com pacientes que estão internados há dias à espera de exames ou atendimentos médicos. Ele mencionou um caso em que um paciente aguardava apenas a visita de um médico para avaliação dos exames e alta.

“Muitos desses procedimentos são simples e de baixo custo, que já poderiam ter sido resolvidos. É inadmissível que uma pessoa fique internada por dez dias em uma situação que poderia ter sido solucionada em dois. Isso me indigna e me irrita”, comentou.

Abilio também levou o promotor a uma sala no hospital onde havia uma quantidade excessiva de documentos, evidenciando que a gestão atual, de certa forma, se beneficia ao manter os pacientes internados por mais tempo.

“Eles recebem diárias do Ministério da Saúde, como se os pacientes estivessem sendo atendidos diariamente por psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Contudo, na maioria das vezes, esse atendimento não acontece”, disse.

O prefeito eleito anunciou que pretende extinguir a Empresa Cuiabana de Saúde Pública e revisar os contratos com as prestadoras de serviços de saúde.

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