Deputado Júlio Campos diz estranhar a exoneração de policial da Casa Civil um dia antes de sua prisão, “isso precisa ser explicado”

JORNAL ADVOGADO – O deputado estadual Júlio Campos (União) expressou preocupações sobre um possível vazamento de informações relacionado à “Operação Office Crimes – A Outra Face”, que resultou na prisão de policiais militares suspeitos de estarem envolvidos na morte do advogado Renato Neri, ex-presidente da OAB-MT, ocorrida em julho do ano passado em Cuiabá.

Em uma entrevista à imprensa na última sexta-feira (7), Júlio Campos elogiou a atuação da Polícia Civil na investigação, mas estranhou o fato de que um dos suspeitos, o policial militar Wailson Alesandro Medeiros Ramos, que trabalhava na segurança da Casa Civil do governo estadual, foi exonerado um dia antes de sua prisão.

“A Polícia Civil de Mato Grosso demonstrou competência e seriedade ao investigar esse caso, que é lamentável, especialmente pelo envolvimento de policiais militares. Um deles fazia parte da segurança pessoal do governador Mauro Mendes, mas isso não implica que o governo esteja envolvido; são apenas falhas humanas. Entretanto, a exoneração um dia antes da prisão gera dúvidas e é realmente preocupante”, comentou Campos.

Na operação, realizada na quinta-feira (6), além de Wailson, foram detidos os sargentos da Rotam Heron Teixeira Pena Vieira, Jorge Rodrigo Martins e Leandro Cardoso, além do soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira, que está lotado no Comando-geral-adjunto da PMMT. Todos estão sendo investigados por sua participação no homicídio do advogado.

A investigação continua sob a responsabilidade da Polícia Civil.

Redação JA/ Foto: reprodução