O pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou entrevista à Rádio Metrópole FM neste sabado (3), que a existência da corrupção na política passa primeiramente pelo eleitor corrupto. “O político corrupto que está fazendo o que está fazendo é porque os eleitores corruptos venderam voto por 50 reais, uma caixinha de cerveja, negociaram seu voto por gasolina ou por qualquer coisa assim. Colocou um vereador que não faz nada e o vereador que entrou lá por um esquema de corrupção, comprando voto, fazendo acordo, fazendo jeitinho, ele chega lá e negocia o voto dele também para o prefeito e faz a mesma coisa”, argumentou o vereador.
O deputado federal pelo (PL), disputa a vaga na prefeitura de Cuiabá pela segunda vez. Na primeira estava como vereador casado, venceu no primeiro turno, mas sofreu uma virada no segundo turno e perdeu para o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB).
Desta vez, o parlamentar declaradamente de direita, disse estar mais maduro, e conta com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro em seu pleito eleitoral.
Brunini destacou que a situação negativa na política só mudará a partir no momento em que a mentalidade do eleitor também mudar. “E é um sistema que começa com o eleitor. Começa com o posicionamento daquele desocupado lá que não tá trabalhando na prefeitura e pega o tempo todo de não trabalhar pra fazer a campanha política. Mudança de comportamento, uma mudança de cultura, uma mudança de mentalidade política, não aceitar as coisas como elas estão. É esse o meu desejo. Não existe político corrupto sem eleitor corrupto”, finaliza.
O parlamentar tem como principais adversários o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que tem apoio incondicional da esquerda e do presidente Lula (PT); O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), que conta com o governador Mauro Mendes (União Brasil) como cabo eleitoral de luxo, além do empresário Domingos Kennedy (MDB), que surge como novidade, porém representando o grupo da atual gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, que está em final de segundo mandato.
É verdade que a corrupção no sistema político muitas vezes envolve tanto políticos corruptos quanto eleitores que aceitam subornos ou benefícios pessoais em troca de votos. Essa dinâmica perversa precisa ser combatida tanto do lado da oferta quanto da demanda por votos comprados. Mas o Brunini também não pode se esquecer das tramoias feitas pelo PL nacional na disputa de 2022 no comando de seu apoiador o INELEGIVEL, Jair Bolsonaro fez com a distribuição de verbas do orçamento secreto e dinheiro do cartão corporativo nas motociatas e bónus a motoristas de carretas e taxistas pelo Brasil afora, isso sim, também foi compra de voto antecipado.
O Brunin não pode jogar essa de corrupto nas costas do eleitor, quem sempre procura para comprar o voto é o candidato, não eleitor que vai á procura do dinheiro ou da caixa de cerveja como disse o candidato. Manifestou nosso analítico de politica.
É positivo que o deputado Brunini reconheça essa realidade e chame a atenção para a necessidade de uma “mudança de mentalidade” dos eleitores, e também dos candidatos. De fato, a mudança precisa começar na base, com os cidadãos exigindo mais integridade e comprometimento dos seus representantes políticos. Analisou.
Quanto às eleições em Cuiabá, fica claro que será uma disputa acirrada, com candidatos de diferentes espectros políticos. O apoio do inelegível ex-presidente Bolsonaro a Brunini pode ser um fator relevante, dada a sua influência entre certos eleitores. Já os demais candidatos, como Lúdio Cabral e Eduardo Botelho, também contam com apoios importantes com do atual presidente Lula (PT).
No final das contas, caberá aos eleitores de Cuiabá analisar os programas e propostas de cada candidato e escolher aquele que julgarem mais apto a governar a cidade de forma ética e eficiente. É importante que a disputa ocorra de maneira democrática e transparente. Complementou.
Redação JA/ Foto: reprodução