O Banco Central (BC) elevou suas expectativas para a inflação de 2025.
No comunicado da decisão de política monetária desta quarta-feira (29), os diretores da autarquia apontam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país calculada pelo IBGE, deve encerrar o ano em alta de 5,2%.
A estimativa anterior do BC, apresentada na reunião de dezembro de 2024, era de que os preços subiriam 4,5% neste ano.
Nesta quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) encerrou sua primeira reunião de 2025.
Em seu comunicado, os diretores do BC apontaram que a atividade econômica e o mercado de trabalho permanecem aquecidos, pressionando a inflação e mantendo o desequilíbrio para alta dos preços nas perspectivas futuras.
“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, afirmou o Copom em seu comunicado.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, pontuou.
A fim de controlar a inflação e levá-la ao alvo da meta de 3% perseguida pela autarquia, o BC elevou a Selic, a taxa básica de juros do país, em um ponto percentual, a 13,25%.
O IPCA já havia estourado o teto de 4,5% da meta em 2024, quando encerrou em alta de 4,83%. Com isso, Gabriel Galípolo, ao assumir a presidência do BC, teve de escrever uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos por trás do descumprimento.
Em sua carta a Haddad, Galípolo chamou atenção para o peso sobre a inflação por parte do câmbio, do ritmo de crescimento da atividade econômica e de fatores climáticos.
A autoridade monetária indicou que a inflação deve ficar acima de 4,5% até o terceiro trimestre deste ano e então começar a cair, mas ainda mantendo-se acima do alvo da meta. A expectativa apontada pelo Copom, porém, diverge da indicação de Galípolo.
Já no mercado, a aposta é ainda mais drástica: de acordo com o boletim Focus divulgado na segunda-feira (27), os agentes econômicos veem a inflação em 5,5% no final de 2025.
Datafolha: Maioria da população acredita que inflação piorará em 2025
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