A eleição da nova Mesa Diretora, que comandará o Legislativo no biênio 2025/2026, foi antecipada após uma reunião no colégio de líderes da Assembleia Legislativa na manhã de quarta-feira (3). A reunião foi realizado na semana passada, na casa do deputado Drº Eugênio (PSB), com 15 parlamentares que selou o acordo. A eleição será antecipada de setembro para a primeira semana de agosto. Isso será feito por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta o número de cargos na Mesa Diretora de 7 para 10.
A chapa única já tem os principais nomes definidos: Max Russi (PSB) como presidente, Júlio Campos (União) como vice-presidente e Janaina Riva (MDB) como primeira-secretária. O texto (PEC) será votado na próxima quarta-feira (10), última sessão antes dos parlamentares entrarem em recesso.
A definição pelos principais cargos se deu em um jantar na semana passada, a portas fechadas, com um grupo de 15 dos 24 deputados. Os demais 7 cargos ainda serão articulados até o final de julho, antes do recesso parlamentar.
A antecipação da eleição vai dar mais autonomia aos deputados para atuarem nas campanhas das eleições municipais deste ano.
Portanto, há um acordo político consolidado para antecipar a eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e ampliar seu número de cargos de 7 para 10. Quando aprovada o comando do Legislativo será composto por presidente, primeiro, segundo e terceiro Vice-Presidentes, um primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto secretários.
Logo após a reunião, o deputado estadual Beto 2 a 1 (União), que não foi convidado para o jantar, reafirmou a sua intenção de disputar a primeira-secretaria com apoio do governador Mauro Mendes (UNIÃO).
Nesta formação de chapa pura, única, tudo indica que a eleição da Mesa Diretora pode interferir no processo eleitoral de 2026. Mesmo Beto e Janaina, sendo da base governista, só que ele mais próximo do núcleo duro do Palácio Paiaguás.
A pressão também chegou ao atual presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União) que, diante do caso, decidiu ficar de fora da disputa, alegando que por ser pré-candidato a prefeito de Cuiabá não quer se indispor com os parlamentares. Quem tiver o maior número de votos, vence. Falei para o Max ficar de fora também e deixar isso para os deputados resolverem, disse Botelho na manhã de quarta-feira (3).
O interesse do núcleo do Paiaguás seria a disputa de 2026. Janaina Riva já se lançou com pré-candidata ao Senado, o que a torna uma adversária do governador Mauro Mendes (União), que deverá disputar uma das duas vagas também em 2026.
Outros nomes conhecidos no cenário mato-grossense para a disputa ao senado, estão o deputado federal José Medeiros (PL) com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além do senador Jayme Campos (União) e o ministro Carlos Fávaro (PSD), que poderão tentar à reeleição. São nomes fortes na disputa.
Redação JA/ Foto: JL Siqueira/ALMT
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