O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, citou detalhes da premeditação da morte do advogado e servidor público de Tangará da Serra, Edson Vicente da Costa. O magistrado presidiu o Tribunal do Júri que julgou Carla Fernanda Toloi Ferreira da Costa, esposa da vítima, e Anderson Fabiano Pereira, amante de Carla, pelos crimes relacionados à morte de Edson Vicente da Costa.
De acordo com o juiz, o crime foi premeditado e a dupla também tentou simular um latrocínio. O documento menciona que Anderson negociou a compra da arma de fogo calibre .38, utilizada no assassinato, apenas dois meses antes do crime, com o dinheiro fornecido por Carla. Interceptações telefônicas e a quebra de sigilo de dados telefônicos revelaram várias ligações entre Anderson e Carla, incluindo chamadas para um número registrado em nome de um advogado que tem escritório no mesmo local que o pai de Carla.
Outros indícios de premeditação incluem pesquisas realizadas por Anderson sobre rastreamento de celulares, a regularização do plano funerário de Edson por Carla pouco antes do crime e o conhecimento detalhado da rotina da vítima por parte de Carla. O juiz ressaltou ainda que a simulação do crime de latrocínio tinha o objetivo de dissimular o verdadeiro propósito dos acusados e preservar o relacionamento extraconjugal deles.
Anderson está detido desde 17 de junho de 2021, enquanto Carla foi presa em 21 de junho do mesmo ano. O juiz também destacou a perda sofrida pela família de Edson, uma vez que ele desempenhava um papel essencial no suporte familiar, especialmente para seus pais idosos, incluindo seu pai que sofria de Alzheimer. A vítima deixou três filhos, um dos quais é menor de idade.
Redação JA/ Foto: reprodução Web