VAMOS VENDER PICOLÉ NA RUA: Secretário Rogerio Gallo alerta deputados sobre o aumento de reajuste de 6,8% para TJMT

VAMOS VENDER PICOLÉ NA RUA: Secretário Rogerio Gallo alerta deputados sobre o aumento de reajuste de 6,8% para TJMT

O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, declarou nesta segunda-feira (3) que o projeto de lei que propõe um reajuste de 6,8% para os servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) pode resultar em um impacto bilionário nas finanças do Estado. O Executivo alerta que, caso ocorra um efeito cascata, esse impacto pode alcançar R$ 1,6 bilhão nas contas públicas, enquanto o Judiciário estima um custo de pouco mais de R$ 40 milhões para este ano.

De acordo com o secretário, se o projeto for aprovado, poderá criar um precedente para novas reivindicações salariais em outros Poderes. Gallo também enfatizou que não existem estudos sobre as consequências de longo prazo desse aumento.

“Precisamos nos preparar, pois essas decisões não afetam apenas o presente, mas também o futuro, especialmente quando estivermos enfrentando dificuldades financeiras devido à reforma tributária”, comentou.

“E então? O que faremos? Vender picolé na rua, como está ocorrendo nos EUA com o ‘shutdown’? É uma figura de linguagem, mas é verdade: precisamos estar preparados”, acrescentou.

O projeto de lei foi enviado pelo TJ à Assembleia Legislativa em setembro e aprovado em primeira votação em meados de outubro, após intensos debates entre os parlamentares. A segunda votação está agendada para esta quarta-feira (6).

Gallo destacou que o reajuste pode ter efeitos em cadeia entre os servidores de outros Poderes, comprometendo o equilíbrio fiscal do Estado.

“Isso impacta e pode gerar consequências para outras categorias nos demais Poderes. Isso cria um precedente, pois a reivindicação será: ‘não é justo? Se um recebeu, por que os outros não podem receber?’”, questionou.

Impacto a Longo Prazo

O secretário também expressou dúvidas sobre os números apresentados pelo Judiciário, que indicam um impacto de pouco mais de R$ 40 milhões neste ano. Ele pediu uma análise mais aprofundada dos efeitos previdenciários da proposta.

“Existem incertezas sobre esses números. Precisamos avaliar com mais cuidado. O Tribunal de Justiça realizou o impacto atuarial? Calcular o aumento para este orçamento é uma coisa, mas verificar o impacto previdenciário — se haverá arrecadação suficiente para cobrir as aposentadorias no futuro — é outra”, afirmou.

 

Redação JA / Foto: reprodução

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