Senador WF apoia outras coligações para 2026 e não sente traído por Bolsonaro após apoio a Mendes e Pivetta

Senador WF apoia outras coligações para 2026 e não sente traído por Bolsonaro após apoio a Mendes e Pivetta

O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou, nesta quinta-feira (23), que não se sente traído pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que expressou apoio ao grupo do governador Mauro Mendes (União) nas próximas eleições.

Otaviano Pivetta (Republicanos), vice-governador, será o candidato ao Palácio Paiaguás, com o governador Mendes como seu principal apoiador. Na segunda-feira (20), Bolsonaro e sua esposa, Michelle, entregaram uma lista ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarando apoio a Mendes, que também se candidatará ao Senado. Se essa aliança se concretizar, Mendes disputará as eleições ao lado do deputado federal José Medeiros (PL), já que duas vagas ao Senado estão em jogo.

“De forma alguma me sinto traído. Muito pelo contrário, nosso objetivo é trabalhar pela aprovação da anistia. Queremos o presidente Bolsonaro como nosso candidato [a presidente]”, declarou Wellington, que também está promovendo sua pré-candidatura ao Governo. “Reconheço as dificuldades enfrentadas pelo presidente Bolsonaro. Nós, do PL, desejamos apoiar o presidente, mas quem for candidato na base precisa garantir um apoio sólido. Para ser candidato, é essencial ter respaldo popular”, acrescentou.

Wellington destacou que a decisão de Bolsonaro deveria ter sido comunicada a ele na terça-feira passada por Valdemar, o que não aconteceu.

“Não tive a oportunidade de conversar com o presidente Valdemar. Em todas as discussões, ficou claro que o presidente Bolsonaro definiria as candidaturas ao Senado, enquanto Valdemar ficaria responsável pelas vagas de deputados e governadores”, explicou.

O senador reafirmou sua candidatura pelo PL, ressaltando seu bom desempenho em várias pesquisas de opinião, o que o fortalece na disputa. “Continuarei trabalhando nas bases, como sempre fiz. Todas as pesquisas mostram Wellington em primeiro lugar. Não há dúvidas sobre isso. Sou um parlamentar municipalista, fiel ao meu partido. Todas as minhas eleições foram pelo PL, desde a base”, afirmou.

Sobre uma possível aliança em 2026, Wellington foi direto: “O PL deve concentrar-se no nosso projeto. Apoiamentos e coligações serão discutidos no ano que vem”.

Wellington também lembrou que Mauro Mendes e Pivetta participaram de manifestações bolsonaristas no início do ano, onde se pedia anistia para os presos e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. “É sabido que o adversário esteve presente nas manifestações no Rio de Janeiro, onde estavam se aproximando do PL. Enquanto eles fazem esse tipo de trabalho, estou me dedicando a visitar as bases e buscar o eleitor”, afirmou.

O comunicado do casal Bolsonaro indicava apoio às candidaturas do governador Mauro Mendes (União) e do deputado federal José Medeiros (PL) para o Senado, e ao governo do estado, Otaviano Pivetta.

Fontes consultadas pelo MidiaNews relataram que, sem o apoio do principal nome do PL, a candidatura de Wellington enfrentaria desafios significativos. Um dos fatores que influenciaram a escolha de Bolsonaro por Pivetta foi a lealdade e o alinhamento de Mendes com suas pautas de direita.

“Bolsonaro acredita que já contribuiu para a eleição de Wellington em 2022, quando ele se uniu ao PL. Naquela época, junto com Mauro, Bolsonaro apoiou a candidatura de Wellington ao Senado, que tinha poucas chances de reeleição”, completou a fonte.

Outro ponto importante foi o histórico de Wellington, que, segundo a fonte, teve apoio à esquerda antes de se alinhar à direita nos últimos dois anos, o que pode não ter sido suficiente para convencer o casal.

 

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Redação JA / Foto: reprodução

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