Homem acusado nas redes sociais de estuprar uma jovem é encontrado morto com tiro na cabeça em Cuiabá-MT

Homem acusado nas redes sociais de estuprar uma jovem é encontrado morto com tiro na cabeça em Cuiabá-MT

Um homem identificado como Daferson da Silva Nunes, de 37 anos, foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (22) em uma estrada de terra na região do Distrito do Sucuri, em Cuiabá.

A vítima apresentava mãos e pés amarrados, além de ferimentos de arma de fogo na cabeça. Moradores locais localizaram o corpo por volta das 6h e imediatamente chamaram a polícia. De acordo com informações levantadas pela reportagem JA, Daferson, que trabalhava como motorista de aplicativo, estava sendo acusado em redes sociais e grupos de WhatsApp de ter cometido um crime em Várzea Grande.

Homem acusado de assassinato nas redes sociais é encontrado morto com tiro na cabeça em Cuiabá-MT

Daferson da Silva de 37 anos, encontrado morto em Cuiabá, após ser acusado de estupro nas redes sociais

 

Uma jovem de 21 anos denunciou um caso de estupro nas proximidades da Estrada da Guarita, e imagens, áudios e vídeos circularam nas redes sociais, associando Daferson ao crime, sem qualquer confirmação oficial. Nesse contexto, surgiram também áudios com ameaças e mensagens de vingança.

Poucas horas depois, o homem foi encontrado morto de maneira brutal.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou que a vítima tinha múltiplas perfurações de arma de fogo na cabeça. O corpo foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames necroscópicos. Segundo a Polícia Civil, Daferson já tinha antecedentes por homicídio em 2016, o que pode ter intensificado os julgamentos precipitados nas redes sociais. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso e não descarta a possibilidade de que a execução esteja relacionada aos boatos e informações falsas. Este episódio trágico ilustra o perigo do chamado “tribunal da internet”, onde julgamentos e condenações ocorrem sem provas ou defesa, podendo resultar em consequências fatais.

 

Redação JA/ Foto: reprodução

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *