“BRASIL NÃO É COLÔNIA” afirma deputados de MT que criticam o “tarifaço” e postura protecionista e impulsiva de Trump

"BRASIL NÃO É COLÔNIA" afirma deputados de MT que criticam o “tarifaço” e postura protecionista e impulsiva de Trump

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), considerou “descabida” e “sem fundamento técnico” a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos americanos. A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (16), após a repercussão da medida, que também inclui a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil.

"BRASIL NÃO É COLÔNIA" afirma deputados de MT que criticam o “tarifaço” e postura protecionista e impulsiva de Trump

“Essa decisão do presidente americano é insensata. Os Estados Unidos exportam muito mais para o Brasil do que o contrário. A balança comercial favorece os americanos. Não compreendo a lógica dele. Essa atitude traz prejuízos para ambos os lados”, afirmou Max, destacando a importância de uma resposta firme do Brasil. “Não podemos nos submeter. O Brasil não é uma colônia. Mas também não se resolve nada com revanchismo. É preciso diálogo e diplomacia para proteger nossos trabalhadores e produtos.”

O vice-presidente da ALMT, deputado Júlio Campos (União Brasil), apoiou a posição de Max. Ele criticou a postura protecionista e impulsiva de Trump, que já impôs tarifas a outros países e agora mira o Brasil. “Ele está aproveitando a tensão entre os governos de Lula e o dele para intensificar essa ameaça. Felizmente, temos o vice-presidente Alckmin, que é equilibrado e pode contribuir nas negociações”, afirmou Campos.

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De acordo com o deputado, a tarifa prejudicaria gravemente a economia de ambos os países. “Todos sairão perdendo. O Brasil perderá em exportações, empregos e competitividade, enquanto os americanos terão que pagar mais caro por produtos essenciais, incluindo alimentos”, completou.

Além da ameaça de tarifa, Trump ordenou que o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) inicie uma investigação contra o Brasil por alegadas práticas que prejudicam empresários americanos. Entre os alvos da investigação estão o comércio informal da região da 25 de Março, em São Paulo, o uso do Pix, a cobrança de tarifas sobre exportações de etanol, além de questões como desmatamento e corrupção.

A medida, que pode ser uma retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, poderá entrar em vigor a partir de 1º de agosto, caso seja confirmada. Se isso ocorrer, o Brasil poderá enfrentar novas sanções comerciais em um contexto de alta tensão diplomática.

Redação JA/ Foto: reprodução

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