Vereador Dilemário Alencar quer suspender consignados, vê taxas de juros exorbitantes “muita malandragem dos bancos”

Vereador Dilemário Alencar quer suspender consignados, vê taxas de juros exorbitantes "muita malandragem dos bancos”

O vereador Dilemário Alencar (UB) enviou uma indicação ao prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), pedindo a suspensão dos descontos de parcelas nos salários dos servidores municipais que firmaram empréstimos consignados por meio de linha rotativa de cartão de crédito.

No documento, Dilemário justifica sua solicitação ao afirmar que o uso do crédito rotativo para empréstimos consignados tem contribuído significativamente para o endividamento dos servidores, tanto ativos quanto aposentados, em todas as esferas – federal, estadual e municipal.

Ele destaca que a legislação permite uma margem de até 35% da renda para empréstimos consignados tradicionais. No entanto, para os empréstimos via cartão de crédito, a margem é limitada a 5%, com taxas de juros exorbitantes.

“Fica cada vez mais claro que a estratégia de alguns bancos para endividar os servidores, que já utilizaram sua margem de 35% nos empréstimos tradicionais, é oferecer crédito rotativo com juros muitas vezes abusivos e prazos que podem chegar a 120 meses. Por isso, defendo a suspensão dos descontos na folha para investigar essa situação”, afirmou o vereador, que é líder do executivo na Câmara Municipal.

Dilemário também pediu à secretaria municipal de Economia que realize uma auditoria em todos os contratos e taxas de empréstimos consignados com bancos conveniados à Prefeitura de Cuiabá.

“É importante lembrar que os problemas com empréstimos consignados na Prefeitura se agravaram devido ao calote de R$ 50 milhões deixado pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, que não repassou as parcelas descontadas dos salários. Muitos servidores estão sem acesso a novos consignados por causa desse calote”, explicou.

“Assim, é prudente que uma auditoria nos empréstimos consignados seja realizada para identificar possíveis irregularidades. Caso sejam encontrados juros abusivos ou contratos fraudulentos, como temos visto em denúncias na mídia, a gestão do prefeito Abílio deve cortar convênios com bancos, independentemente de seu porte, que estejam prejudicando os servidores”, concluiu Dilemário Alencar.

 

Redação JA/ Foto: reprodução

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